São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2004

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Para Lisboa, economia está menos vulnerável

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, afirmou ontem que o Brasil está "vivendo o ciclo de crescimento mais forte desde o início do Plano Real", em 1994. "Hoje temos uma economia menos vulnerável do que no passado e estamos tendo uma recuperação bastante forte."
Durante palestra organizada pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, Lisboa considerou uma "boa notícia" o fato de a produção industrial estar em "forte" expansão e, principalmente, pelo fato de a retomada do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos das empresas, ser "robusta".
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira, a produção industrial brasileira registrou expansão de 0,5% em julho em relação a junho -o quinto aumento consecutivo no ano. Nos sete meses de 2004, o crescimento foi de 7,8%.
No caso dos bens de capital, a pesquisa apontou queda de 1,1% em julho em relação a junho, após quatro meses consecutivos de alta. Apesar disso, o setor acumula expansão de 24,9% nos sete primeiros meses deste ano -a maior de todos os setores.
Lisboa, que não concedeu entrevista, não comentou durante a palestra o fato de o IBGE ter apontado queda de 1% em julho na comparação com junho na produção de bens semiduráveis e não-duráveis, que incluem itens de consumo como alimentos industrializados e vestuário.
Segundo o secretário, o crescimento da economia continua "sendo observado ao longo do terceiro trimestre". Para ele, a recuperação é conseqüência da política econômica adotada pelo governo, que combina, de acordo com sua análise, responsabilidade fiscal, metas de inflação, câmbio flexível e contas externas sólidas.

Mais caminhões rodando
O fluxo de caminhões em rodovias, segundo divulgaram ontem a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) e a consultoria Tendências, cresceu 1,1% em agosto na comparação com julho e 10,1% em relação ao mesmo mês de 2003.
O dado é considerado um indicador do que ocorre com a economia, pois tem uma correlação forte, segundo analistas, com os números das produções industrial e agrícola do país.


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