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INVESTIMENTOS
Instituição volta a oferecer papéis e amplia para R$ 50 mil limite de recompra de cotas; aplicação mínima é de R$ 300
BNDES vai ofertar R$ 1 bi em fundo de ações
LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO
Com o foco no pequeno investidor, o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) lança amanhã uma nova
oferta de cotas do fundo de ações
PIBB. O valor mínimo para investir é R$ 300.
O BNDES adiantou à Folha as
condições dessa segunda oferta
do PIBB, sigla para Papéis de Índice Brasil Bovespa. Entre as novidades, estão a ampliação do valor
para cerca de R$ 1 bilhão e o limite
de R$ 50 mil para a garantia de recompra das cotas pelo banco, caso o investidor deseje se desfazer
do negócio no prazo de um ano.
De julho de 2004, na primeira
oferta do PIBB, até a última quinta, o valor da cota subiu de cerca
de R$ 27 para R$ 41,60 (+54,07%).
O PIBB é um fundo fechado, composto por 50 ações que pertenciam ao BNDESPar. A carteira
busca resultados semelhantes ao
desempenho do IBrX 50, que reúne, teoricamente, as 50 ações mais
negociadas da Bovespa.
O BNDES só pode emitir cotas
em ofertas públicas, como a que
acontece a partir de amanhã. O
prazo para as reservas termina em
14 de outubro. "Em vez de duas
semanas, desta vez vamos deixar
a oferta aberta durante cinco semanas, para que o investidor conheça o produto e tome a decisão
de investir", disse o superintendente da área de Mercado de Capitais do BNDES, Fabio Sotelino.
A primeira oferta do PIBB
atraiu 25 mil investidores de varejo. No total, considerando também os investidores institucionais, como fundos de pensão, foram demandados R$ 600 milhões
em cotas, valor inferior ao esperado pelo BNDES. Com as novas
condições e os resultados do fundo já conhecidos, o banco espera
agora um sucesso maior no seu
objetivo de diversificar e ampliar
o mercado de capitais.
Do total da oferta, R$ 800 milhões serão prioritariamente alocados para o investidor de varejo,
que pode entrar no mercado diretamente, via corretoras, ou indiretamente, por meio de clubes e
fundos de investimentos. O primeiro caso é recomendado para
investidores já familiarizados
com ordens de compra e venda de
ações. Essa opção requer um
aporte mínimo de R$ 1.000, e o investidor arca com o custo da custódia dos papéis. Se decidir investir via clubes ou fundos, o valor
mínimo é de R$ 300. Nesse caso,
porém, o investidor paga taxa de
administração, limitada a 1,5%.
Proteção
Para os conservadores, a recompra é um dos grandes atrativos do
PIBB, já que funciona como uma
proteção caso a Bolsa acumule
perdas. Por essa cláusula, o
BNDES se compromete a recomprar, até R$ 50 mil no prazo de um
ano após o fim da oferta, as cotas
de cada investidor, pagando o valor nominal. O prazo para a recompra termina no último dia útil
de 2006. Na primeira oferta, o limite para a recompra foi de R$ 25
mil, mas, com os resultados positivos, ninguém se interessou em
exercer o direito.
Cada investidor de varejo
-pessoas físicas ou microempresas, por exemplo- pode adquirir
até R$ 500 mil em cotas. A demanda é atendida pela ordem dos
pedidos. Caso os R$ 800 milhões
ofertados não sejam suficientes
para todos, a alocação será feita da
seguinte maneira: até R$ 15 mil,
todos têm seus pedidos aceitos;
depois, o valor é distribuído proporcionalmente entre os investidores, de acordo com o tamanho
de suas demandas. Outra possibilidade é o BNDES elevar a oferta e
atender integralmente a todos.
Para os investidores institucionais, o BNDES vai ofertar pelo
menos R$ 400 milhões. Além das
instituições financeiras, são considerados institucionais os que investirem mais de R$ 500 mil.
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