São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2005

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INVESTIMENTOS

Instituição volta a oferecer papéis e amplia para R$ 50 mil limite de recompra de cotas; aplicação mínima é de R$ 300

BNDES vai ofertar R$ 1 bi em fundo de ações

LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO

Com o foco no pequeno investidor, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lança amanhã uma nova oferta de cotas do fundo de ações PIBB. O valor mínimo para investir é R$ 300.
O BNDES adiantou à Folha as condições dessa segunda oferta do PIBB, sigla para Papéis de Índice Brasil Bovespa. Entre as novidades, estão a ampliação do valor para cerca de R$ 1 bilhão e o limite de R$ 50 mil para a garantia de recompra das cotas pelo banco, caso o investidor deseje se desfazer do negócio no prazo de um ano.
De julho de 2004, na primeira oferta do PIBB, até a última quinta, o valor da cota subiu de cerca de R$ 27 para R$ 41,60 (+54,07%). O PIBB é um fundo fechado, composto por 50 ações que pertenciam ao BNDESPar. A carteira busca resultados semelhantes ao desempenho do IBrX 50, que reúne, teoricamente, as 50 ações mais negociadas da Bovespa.
O BNDES só pode emitir cotas em ofertas públicas, como a que acontece a partir de amanhã. O prazo para as reservas termina em 14 de outubro. "Em vez de duas semanas, desta vez vamos deixar a oferta aberta durante cinco semanas, para que o investidor conheça o produto e tome a decisão de investir", disse o superintendente da área de Mercado de Capitais do BNDES, Fabio Sotelino.
A primeira oferta do PIBB atraiu 25 mil investidores de varejo. No total, considerando também os investidores institucionais, como fundos de pensão, foram demandados R$ 600 milhões em cotas, valor inferior ao esperado pelo BNDES. Com as novas condições e os resultados do fundo já conhecidos, o banco espera agora um sucesso maior no seu objetivo de diversificar e ampliar o mercado de capitais.
Do total da oferta, R$ 800 milhões serão prioritariamente alocados para o investidor de varejo, que pode entrar no mercado diretamente, via corretoras, ou indiretamente, por meio de clubes e fundos de investimentos. O primeiro caso é recomendado para investidores já familiarizados com ordens de compra e venda de ações. Essa opção requer um aporte mínimo de R$ 1.000, e o investidor arca com o custo da custódia dos papéis. Se decidir investir via clubes ou fundos, o valor mínimo é de R$ 300. Nesse caso, porém, o investidor paga taxa de administração, limitada a 1,5%.

Proteção
Para os conservadores, a recompra é um dos grandes atrativos do PIBB, já que funciona como uma proteção caso a Bolsa acumule perdas. Por essa cláusula, o BNDES se compromete a recomprar, até R$ 50 mil no prazo de um ano após o fim da oferta, as cotas de cada investidor, pagando o valor nominal. O prazo para a recompra termina no último dia útil de 2006. Na primeira oferta, o limite para a recompra foi de R$ 25 mil, mas, com os resultados positivos, ninguém se interessou em exercer o direito.
Cada investidor de varejo -pessoas físicas ou microempresas, por exemplo- pode adquirir até R$ 500 mil em cotas. A demanda é atendida pela ordem dos pedidos. Caso os R$ 800 milhões ofertados não sejam suficientes para todos, a alocação será feita da seguinte maneira: até R$ 15 mil, todos têm seus pedidos aceitos; depois, o valor é distribuído proporcionalmente entre os investidores, de acordo com o tamanho de suas demandas. Outra possibilidade é o BNDES elevar a oferta e atender integralmente a todos.
Para os investidores institucionais, o BNDES vai ofertar pelo menos R$ 400 milhões. Além das instituições financeiras, são considerados institucionais os que investirem mais de R$ 500 mil.

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