São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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CRISE GLOBAL

CREDIT AGRICOLE CORTA 500 VAGAS
O Credit Agricole, maior banco de varejo da França, anunciou ontem um corte de 500 empregos no Calyon, unidade de banco de investimentos atingida pela crise de crédito mundial.
Metade dos cortes acontecerá na França e a outra metade nas operações internacionais do Calyon, as quais incluem escritórios em Londres e Nova York. O Calyon emprega cerca de 13 mil funcionários em 58 países, inclusive o Brasil.
O Credit Agricole informou que o enxugamento de empregos na França será baseado em demissões voluntárias e baixas por aposentadorias ou mudança de equipes para outras áreas da instituição.
A crise de crédito, que afetou grandes bancos, como o UBS e o Lehman Brothers, causou perdas no Calyon nos últimos três trimestres.
O corte de vagas no banco acontece na seqüência do anúncio de fechamento de 425 postos de trabalho no britânico HBOS e de 9.000 vagas no alemão Commerzbank, como parte da aquisição do Dresdner Bank.

SOROS PERDE US$ 110 MI COM AÇÕES DO LEHMAN
O fundo de hedge do bilionário George Soros perdeu ao menos US$ 110 milhões com ações do Lehman Brothers adquiridas no segundo trimestre.
O Soros Fund Management, que gere US$ 20 bilhões, comprou 9,47 milhões de ações, ou cerca de 1,4% do banco. No terceiro trimestre, o Lehman registrou prejuízo de US$ 3,9 bilhões, o maior de seus 158 anos, e disse que vai vender uma participação majoritária em sua unidade de gestão de ativos.

CHINA TEM INFLAÇÃO E EXPORTAÇÃO MENORES
O recuo na inflação e a desaceleração das exportações chinesas em agosto causaram a expectativa de que o governo corte impostos e reduza as restrições ao crédito para incentivar a economia.
O índice de preços ao consumidor no país teve alta de 4,9% no mês passado, depois de ter crescido 6,3% em julho. Já as exportações tiveram alta de 21,1% em agosto, menor do que a de 26,9% registrada em julho.
O índice CSI 300, que monitora ações nas duas bolsas de valores da China, fechou com alta de 0,2%, devido aos planos de incentivo ao crescimento. As autoridades chinesas estão estudando um plano para reduzir juros e aumentar gastos em um total de até 400 bilhões de iuan (US$ 58 bilhões), para impedir uma retração econômica.
""A boa notícia é que as pressões sobre os preços foram decididamente vencidas", disse Tao Dong, economista-chefe para Ásia do Credit Suisse Group AG em Hong Kong. ""A má notícia é que talvez isso seja um reflexo de uma desaceleração econômica maior do que o governo buscava."


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