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MERCADO FINANCEIRO
Tensão no dólar não contaminou Bolsa, que subiu 1,73%; juros e risco-país fecharam estáveis
Bovespa ignora câmbio e fecha com alta
DA REPORTAGEM LOCAL
A forte tensão no câmbio ontem não chegou a contaminar os
outros segmentos do mercado financeiro local. A Bolsa paulista
encontrou espaço para subir, e os
juros e o risco-país permaneceram praticamente estáveis.
A melhora no mercado internacional também ajudou. A Bolsa
de Valores de São Paulo encerrou
o pregão com alta de 1,73%. Nos
Estados Unidos, Dow Jones e
Nasdaq subiram, 3,4% e 4,4%,
respectivamente.
As ações da Petrobras voltaram
a ser destaque negativo, liderando
as perdas no dia. Os papéis da estatal concentraram quase 20%
dos negócios. As ações preferenciais da empresa caíram 2,06%. O
papel ON (com direito a voto) da
Petrobras fechou com queda de
2,52%.
Analistas apontam que a alta da
Bolsa está mais relacionada a uma
reação às fortes perdas acumuladas neste ano do que a uma volta
do interesse dos investidores por
ações. O volume negociado permaneceu bastante inexpressivo.
Foram girados apenas R$ 464,1
milhões, montante inferior até à
baixa média diária registrada no
mês passado, de R$ 485 milhões.
Entre as maiores altas do pregão
ficaram as ações de empresas de
telecomunicações. O papel PN da
Tele Leste Celular subiu 8,3%. As
ações preferenciais da Telemig
Participações fecharam com ganho de 5,6%.
Apesar da alta registrada ontem, a Bovespa acumula perdas
de 4,2% na semana. No ano, a
desvalorização acumulada pela
Bolsa paulista está em 34,7%.
O risco-país, medido pelo JP
Morgan, permaneceu praticamente estável. No fim do dia, o indicador fechou em 2.271 pontos,
nível bastante elevado, o que demonstra a desconfiança do investidor estrangeiro em relação ao
país.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, os contratos DI -que consideram os negócios entre os bancos- fecharam com poucas oscilações. O contrato mais negociado, com prazo em janeiro, fechou
projetando taxa de 20,95% ao
ano.
Apenas o cupom cambial
-projeção do valor da taxa de juros em dólar- reagiu negativamente ao nervosismo cambial. O
FRA (Forward Rate Agreement,
que melhor mede o cupom cambial) para janeiro pulou de 47,3%
para 50,8% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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