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Petróleo tem o menor preço em 8 meses
Silêncio da Arábia Saudita, maior produtora, faz mercado duvidar de corte na produção mundial da commodity proposto pela Opep
Venezuela e Irã disseram estar preocupados com a "instabilidade do mercado petrolífero" e apóiam antecipar reunião da Opep
DA REDAÇÃO
O petróleo terminou a terça-feira com a sua menor cotação
em praticamente oito meses no
fechamento na Bolsa de Nova
York. O preço de US$ 58,32,
uma queda de 2,4% em relação
ao dia anterior, foi o menor registrado desde 16 de fevereiro.
Em Londres, a desvalorização
foi menos expressiva, 1,98%, e o
barril do tipo Brent fechou o
dia valendo US$ 59,34.
A explicação para a queda está no silêncio da Arábia Saudita
sobre a proposta de corte na
produção mundial de petróleo.
Para os investidores, a falta de
manifestação dos sauditas,
maiores produtores mundiais
da commodity e tradicionais
aliados dos EUA, é um sinal de
que o acordo não tem seu apoio
e, portanto, não irá adiante.
A proposta feita pelo presidente da Opep, Edmund Daukoru, é que os 11 países membros da organização diminuam
em 1 milhão de barris a produção mundial diária de petróleo.
Segundo Michael Guido, diretor de commodities estratégicas da Société Générale, o
mercado não acredita que os
países da Opep estão dispostos
a diminuir a produção no momento em que o petróleo vale o
dobro do que há três anos
-apesar da queda registrada
nos últimos meses.
Até o momento, a Venezuela
e a Nigéria, país do presidente
da Opep, foram as únicas nações que diminuíram a sua produção. Elas realizaram cortes
de 50 mil e 120 mil barris diários, respectivamente. O Kuait
também disse estar disposto a
reduzir o volume de sua produção para garantir a "estabilidade do mercado".
Os ministros do Petróleo do
Irã, Kazem Vaziri Hamaneh, e
da Venezuela, Rafael Ramirez,
disseram ontem estar preocupados com a "instabilidade do
mercado petrolífero". Eles
também afirmaram apoiar a
realização de uma reunião de
emergência da Opep para debater o assunto. O próximo encontro da entidade está marcado para dezembro.
A Administração de Informação de Energia do governo
dos EUA (EIA, na sigla em inglês) disse que, mesmo que
aconteça o corte, ele poderá ser
menor que o projetado. Segundo o organismo, a produção deverá continuar um pouco abaixo de 30 milhões de barris diários, pois vários membros da
Opep já estão produzindo menos do que sua cota oficial.
Com agências internacionais
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