MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil ainda precisa avançar em algumas áreas administrativas para levar vantagem diante de outros parceiros comerciais da economia norte-americana, disse ontem, em São Paulo, Carlos Gutierrez, secretário de Comércio dos Estados Unidos. "A complexidade do modelo legal e de impostos ainda cria barreiras, o que mantém o custo de investir no Brasil alto."
Gutierrez está de passagem pelo Brasil e esteve ontem na Câmara Americana de Comércio (Amcham), onde falou sobre os investimentos realizados por companhias brasileiras nos Estados Unidos. Para ele, empresas como Gerdau, quarta maior produtora de aço nos Estados Unidos, e Odebrecht, que já ganhou diversos contratos para obras de aeroportos, são um sinal claro de que ainda existe muito a ser feito.
O governo dos Estados Unidos, disse, está comprometido no estreitamento das relações comerciais com o país. "Queremos fortalecer essa parceria, que em 2006 já representou US$ 45 bilhões, 15% a mais que em 2005." O Brasil, no entanto, continua atrás de outros países com economias menos expressivas, como Chile e República Dominicana.
Para que esse cenário mude, ele aposta nas reuniões que serão realizadas, em Brasília, durante o CEO Fórum Brasil-Estados Unidos, que reunirá presidentes de companhias nacionais e americanas, além de representantes dos dois governos. "É uma oportunidade de levar nossa relação comercial a um outro patamar, com discussões entre os setores privado e público."


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