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General Motors e Chrysler
negociam fusão, diz jornal
Crise no mercado financeiro abala montadoras
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de ver suas ações desabarem na última semana, a
General Motors negocia uma
possível fusão com a Chrysler,
segundo o "New York Times".
As conversas teriam começado
há um mês. Se a negociação se
concretizar, as chamadas "Três
Grandes" de Detroit, que também inclui a Ford, seriam reduzidas a apenas duas.
O negócio seria histórico, já
que envolve duas das mais emblemáticas montadoras americanas. O alto preço do petróleo
afastou os compradores dos
carros nos EUA, e a crise financeira reduziu ainda mais os negócios.
Os problemas também cruzaram o Atlântico. A General
Motors anunciou nesta semana
que estava suspendendo parte
da sua produção na Europa, por
causa da expectativa de queda
nas compras de veículos na região. Reflexo da crise financeira, que impôs dificuldades aos
europeus para conseguir crédito nos bancos.
A GM anunciou o fechamento temporário de suas fábricas
no Reino Unido, na Alemanha e
na Espanha.
No meio da turbulência, os
papéis da GM atingiram o pior
nível em 58 anos. Além, disso,
uma consultoria reduziu as
previsões de vendas de veículos
e disse que o setor pode entrar
em "colapso".
As perdas da GM totalizaram
US$ 15,5 bilhões no segundo
trimestre e anúncios de outros
prejuízos bilionários são esperados nos próximos dias. Nem
o pacote de US$ 25 bilhões, de
socorro ao setor automobilístico sancionado pelo governo
Bush na semana passada, parece ter aliviado a situação da
montadora. A Chrysler também não está em situação confortável. Em setembro, as vendas da empresa caíram 33%.
Mercado
Se o negócio se concretizar, a
nova companhia deve controlar 35% do mercado americano,
além de tomar definitivamente
a posição da Toyota no posto de
maior montadora mundial.
Nos seus tempos áureos, a GM
chegou a controlar pouco mais
de 50% do mercado dos Estados Unidos.
A Chrysler não fez nenhum
comentário sobre a possível negociação. Já um porta-voz da
GM disse que, "em referência a
esse boato, a GM rotineiramente discute interesse mútuos
com outras montadoras.
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