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CONFLITO
Manifestação pró-Aracruz reúne mil pessoas em Vitória
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
O Movimento de Apoio à
Aracruz Celulose, formado
por funcionários da empresa, prestadores de serviços e
entidades de classe, realizou
ontem manifestação em Vitória (ES) para pedir que a
Justiça Federal agilize os
processos contra os índios
pela posse das terras na região da cidade de Aracruz.
Os índios tupiniquins e
guaranis de aldeias em Aracruz (ES) exigem a demarcação como terra indígena de 11
mil hectares hoje pertencentes à Aracruz Celulose.
Segundo a Guarda Civil da
capital capixaba, entre 30 e
40 ônibus levaram cerca de
mil manifestantes ao centro
de Vitória. Para a coordenação do movimento, 2.000
pessoas participaram do ato.
Um abaixo-assinado foi
entregue ao vice-governador
do Espírito Santo, Lelo
Coimbra (PMDB). Com
78.511 assinaturas de pessoas
físicas e 363 de empresas, pede um "posicionamento das
autoridades competentes
para assegurar os direitos
constitucionais da Aracruz
na [...] questão indígena".
Para o movimento, ações
como a derrubada de eucaliptos em uma área da Aracruz, realizada pelos índios
em setembro, trazem "insegurança para a empresa".
Cópias do abaixo-assinado
foram entregues ao Tribunal
de Justiça e à Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
Em nota, a Aracruz Celulose disse que as "manifestações [...] demonstram a compreensão da sociedade para o
fato de a empresa trazer desenvolvimento sustentável à
região e ao país, participando
de uma cadeia produtiva que
gera 90 mil empregos [diretos e indiretos]".
"Manipulada"
Para o cacique tupiniquim
Vilson Benedito de Oliveira,
da aldeia Caieiras Velha, "a
manifestação foi manipulada
pela empresa". "Os próprios
funcionários da empresa
participaram do ato, e não o
povo. Quanto às assinaturas,
soube de pessoas que assinaram o documento sob pressão. Isso não representa a
opinião do povo", disse.
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