São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2008

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Crise no setor automotivo atinge 10 mil operários na Argentina

THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES

A crise das montadoras nos EUA e na Europa e a queda na venda de veículos no Brasil já atinge o setor na Argentina.
Segundo o Smata (principal sindicato de metalúrgicos do país), cerca de 10 mil trabalhadores estão sendo afetados por medidas como demissões, suspensões e férias antecipadas.
A Argentina exporta 60% de sua produção de veículos, que em 2007 atingiu 544.647 unidades. O Brasil, destino de 70% das exportações argentinas, registrou em outubro sua primeira queda do ano nas vendas ante mesmo mês de 2007.
Apesar do bom desempenho geral em 2008, os números de outubro da indústria argentina apontam desaceleração no setor. Em relação a setembro, a produção caiu 7,7%, as vendas perderam 9,6% e as exportações subiram 1,2%.
A montadora americana GM foi a primeira a demitir na Argentina. No final do mês passado, anunciou a demissão de 435 empregados (20% do total) da fábrica da Província de Santa Fé. O governo estadual interveio para impedir as demissões e determinou conciliação obrigatória entre as partes.
De acordo com o Smata, montadoras como Renault, Peugeot, Volkswagen, Fiat, Iveco e Mercedes-Benz já anunciaram medidas como suspensões temporárias, férias antecipadas e cortes de carga horária.
O sindicato fez um protesto em Buenos Aires ontem, com cerca de 12 mil participantes, segundo Héctor Chaparro, secretário de Organização da entidade. Nas faixas de manifestantes, muitos deles jovens com uniformes de montadoras, inscrições como Por trabalho e melhores salários".


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