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PACOTE
Ajuda a montadoras deve sofrer oposição no Senado dos EUA
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
Depois de 48 horas de discussões com a Casa Branca, a
proposta de empréstimo de
até US$ 15 bilhões a gigantes
automotivas dos EUA parecia pronta para ser votada na
noite de ontem pela Câmara
dos Representantes. Mesmo
se aprovada, porém, a medida ainda terá um difícil caminho pela frente, devido à ferrenha oposição de um grupo
de senadores republicanos
ao acordo.
O plano de resgate prevê
que o governo libere entre
US$ 14 bilhões e US$ 15 bilhões em empréstimos
emergenciais para a GM e a
Chrysler, o que poderia ocorrer já na semana que vem.
O presidente George W.
Bush designaria imediatamente um "czar" para supervisionar o empréstimo e a
restruturação das empresas.
A GM e a Chrysler afirmam que serão forçadas a
decretar falência se não receberem ajuda governamental
rápida. A Ford, em melhores
condições, disse que não precisa de empréstimos de curto
prazo, pedindo apenas uma
linha de crédito federal.
Ainda segundo a proposta,
as gigantes automotivas têm
até 31 de março para cortar
custos, renegociar dívidas e
obter concessões de trabalhadores em volume suficiente para relatar um "valor
geral presente positivo" ao
"czar". Então poderiam pedir novo empréstimo.
Com o caminho mais livre
na Câmara, o futuro da proposta está concentrado nas
mãos do Senado, onde republicanos contrários à medida, incluindo o conservador
Richard Shelby (Alabama),
disseram que pretendem
barrar a aprovação. "A lei não
vai ajudar as montadoras a se
tornarem competitivas. Vai
apenas adiar seu funeral",
afirmou Shelby.
"O dinheiro dos contribuintes vai ser desperdiçado", disse o republicano
John Ensign (Nevada). "Se
os CEOs dessas empresas
não conseguiram gerenciá-las bem, como esperar que
um "czar" ou político saiba
tomar as melhores decisões
para seus negócios agora?"
Apesar das dificuldades, o
líder democrata no Senado,
Harry Reid, disse esperar
que o plano fosse aprovado
no Senado nesta semana.
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