São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

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Bolsa de SP sobe 0,79% e acumula alta de 1% na semana

Dólar recua para R$ 2,145; investidor espera IPCA hoje

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Diante de um cenário internacional relativamente calmo, a Bolsa de Valores de São Paulo encontrou espaço para fechar em alta, de 0,79%.
As ações da Petrobras, que têm caído muito nos últimos dias e prejudicado a Bolsa devido a seu peso no mercado, deram trégua ontem. Os papéis ordinários da Petrobras subiram 0,29%; os preferenciais tiveram leve baixa de 0,08%.
No melhor momento do pregão, o índice Ibovespa, que reúne as 58 ações de maior liquidez da Bolsa, chegou a marcar valorização de 1,87%.
Na semana, a Bovespa está com alta de 1%.
As Bolsas européias tiveram desempenho bastante positivo, atingindo os melhores patamares em cerca de seis anos.
Os ganhos foram amparados na decisão do BCE (Banco Central Europeu) de manter os juros na região em 3,5% ao ano. Ações de mineradoras deram bons retornos e ajudaram os mercados. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, alcançou valorização de 1,84%. Em Paris, o índice CAC subiu 1,96%.
No início dos negócios, a decisão do banco central inglês de elevar seus juros em 0,25 ponto percentual, para 5,25% anuais, desagradou. A decisão fez com que ações de bancos e construtoras tivessem fraco desempenho, repercutindo a expectativa de queda na concessão de crédito devido aos juros maiores. Mesmo assim, a Bolsa de Valores de Londres fechou em alta de 1,13%.
O mercado norte-americano também favoreceu os investidores com um dia de ganhos. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,59%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve alta de 1,04%.
No mercado de câmbio brasileiro, o real voltou a se valorizar. No fim das operações, US$ 1 valia R$ 2,145 -queda de 0,23% do dólar em relação ao preço do dia anterior.
A continuidade da entrada de recursos manteve o real valorizado. A atuação do Banco Central, que realizou seu tradicional leilão de compras de moeda estrangeira, não evitou a queda do dólar.
Hoje, o mercado brasileiro conhecerá o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2006. Esse indicador de preços é acompanhado de perto por investidores e analistas por ser utilizado pelo governo para monitorar sua meta de inflação.
Se o índice ficar muito abaixo da previsão do mercado -3,11% acumulado em 2006-, poderá levar as taxas futuras de juros a cair de forma mais expressiva na BM&F.


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