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São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 2003

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Centrais aderem à campanha da Força

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e a CBTE (Central Brasileira de Trabalhadores e Empreendedores) participarão da campanha salarial de emergência proposta pela Força Sindical.
A CBTE foi criada há cerca de dois meses a partir de uma ala dissidente da SDS (Social Democracia Sindical).
A estratégia da Força é buscar a adesão de outras entidades para pressionar os empresários a negociarem reajustes para categorias profissionais com data-base no segundo semestre. A entidade também enviou carta ontem à CUT na tentativa de conseguir adesão da central, mas não deve obter o apoio (leia ao lado).
O objetivo da campanha emergencial é conseguir antecipações salariais para os trabalhadores com data-base principalmente no segundo semestre e evitar que a inflação possa corroer, após quatro meses, os salários reajustados em 2002. Categorias como metalúrgicos e químicos receberam reposição de 10,26%. Mas a inflação de novembro e dezembro, medida pelo INPC do IBGE, ficou acumulada em 6,18%. Estudo da Força prevê que as perdas cheguem a 20,33% se confirmada a inflação de 2,3% em janeiro de 2003, 1,5% em fevereiro e 1% em março.
"Não foram só os trabalhadores da Força afetados. Os bancários, que são da CUT, tiveram reajuste de 7% em setembro. Mas três meses depois o acumulado da inflação já chegava a 8,74%. Por isso estamos convidando todas as centrais a integrarem a campanha", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
CGT e CBTE estão fazendo levantamento de quantos trabalhadores devem participar da campanha. A Força Sindical informou que pretende mobilizar cerca de 4,5 milhões de trabalhadores em São Paulo.
A idéia é definir nas próximas semanas as pautas de reivindicação e encaminhá-las para os empresários e sindicatos patronais.
"Sem acordo, paramos em março", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP (ligado à Força), Eleno Bezerra. Os metalúrgicos definem no próximo dia 18 sua pauta, segundo decisão aprovada ontem por 50 sindicatos ligados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da Força.


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