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Centrais aderem à campanha da Força
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A CGT (Confederação Geral dos
Trabalhadores) e a CBTE (Central
Brasileira de Trabalhadores e Empreendedores) participarão da
campanha salarial de emergência
proposta pela Força Sindical.
A CBTE foi criada há cerca de
dois meses a partir de uma ala dissidente da SDS (Social Democracia Sindical).
A estratégia da Força é buscar a
adesão de outras entidades para
pressionar os empresários a negociarem reajustes para categorias
profissionais com data-base no
segundo semestre. A entidade
também enviou carta ontem à
CUT na tentativa de conseguir
adesão da central, mas não deve
obter o apoio (leia ao lado).
O objetivo da campanha emergencial é conseguir antecipações
salariais para os trabalhadores
com data-base principalmente no
segundo semestre e evitar que a
inflação possa corroer, após quatro meses, os salários reajustados
em 2002. Categorias como metalúrgicos e químicos receberam reposição de 10,26%. Mas a inflação
de novembro e dezembro, medida pelo INPC do IBGE, ficou acumulada em 6,18%. Estudo da Força prevê que as perdas cheguem a
20,33% se confirmada a inflação
de 2,3% em janeiro de 2003, 1,5%
em fevereiro e 1% em março.
"Não foram só os trabalhadores
da Força afetados. Os bancários,
que são da CUT, tiveram reajuste
de 7% em setembro. Mas três meses depois o acumulado da inflação já chegava a 8,74%. Por isso
estamos convidando todas as
centrais a integrarem a campanha", disse o presidente da Força
Sindical, Paulo Pereira da Silva.
CGT e CBTE estão fazendo levantamento de quantos trabalhadores devem participar da campanha. A Força Sindical informou
que pretende mobilizar cerca de
4,5 milhões de trabalhadores em
São Paulo.
A idéia é definir nas próximas
semanas as pautas de reivindicação e encaminhá-las para os empresários e sindicatos patronais.
"Sem acordo, paramos em março", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP (ligado
à Força), Eleno Bezerra. Os metalúrgicos definem no próximo dia
18 sua pauta, segundo decisão
aprovada ontem por 50 sindicatos
ligados à Federação Estadual dos
Metalúrgicos da Força.
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