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Novo produto busca pequenos investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo criou o POP (Proteção
do Investimento com Participação) de olho no investidor pessoa física, especialmente nos que ainda têm
muito receio de aplicar no
mercado acionário e perder
seus recursos.
Não existe aplicação em
Bolsa de Valores sem riscos.
O que o POP oferece é uma
forma de minimizar o impacto negativo da queda das
ações no bolso do investidor.
A participação do segmento de pessoa física na Bovespa (Bolsa de Valores de São
Paulo) subiu consideravelmente na última década, mas
tem encontrado certa resistência nos últimos anos para
seguir em expansão.
Essa dificuldade está entre
as razões que levaram a Bovespa a desenvolver um produto atrativo para potenciais
investidores que ainda carregam temores em relação a
ações.
Participação
Em 1997, a participação do
investidor pessoa física representou 10,4% do total das
operações realizadas na Bovespa. No ano passado, esse
percentual alcançou 24,6%.
Em 2004, o resultado havia sido o melhor da história,
atingindo 27,5% de participação de pessoas físicas nos
negócios da Bolsa paulista.
Para comprar um POP, o
investidor terá de procurar
uma das corretoras de valores cadastradas na Bovespa e
realizar sua aplicação.
Apesar de o produto estar
estruturado sobre uma base
complexa, que envolve o
mercado de opções de compra e venda, o investidor não
terá de se preocupar com esses detalhes técnicos. Os
produtos oferecidos pelas
corretoras já vêm prontos e
não devem provocar muitas
dúvidas.
O POP é apenas uma das
alternativas para os pequenos investidores aplicarem
em ações -não sendo nem a
melhor nem a pior. Tudo depende do perfil do investidor
e dos riscos que ele aceita
correr.
Juros em queda
A Bovespa escolheu um
momento interessante para
lançar o produto, afirmam
profissionais do mercado.
As taxas de juros estão em
queda, o que pode elevar o
número de investidores descontentes com aplicações
mais tradicionais, como os
fundos de renda fixa e DI,
que pagam juros e têm dado
rentabilidades menores a cada mês. Nesse cenário, existe
uma demanda por produtos
um pouco mais arriscados,
mas potencialmente mais
rentáveis.
O Banco Central iniciou o
processo de corte dos juros
em setembro de 2005. Desde
então, a taxa básica, a Selic,
caiu de 19,75% para 13% ao
ano, definidos na última reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária), em janeiro deste ano.
(FABRICIO VIEIRA)
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