São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

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Novo produto busca pequenos investidores

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo criou o POP (Proteção do Investimento com Participação) de olho no investidor pessoa física, especialmente nos que ainda têm muito receio de aplicar no mercado acionário e perder seus recursos.
Não existe aplicação em Bolsa de Valores sem riscos. O que o POP oferece é uma forma de minimizar o impacto negativo da queda das ações no bolso do investidor.
A participação do segmento de pessoa física na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) subiu consideravelmente na última década, mas tem encontrado certa resistência nos últimos anos para seguir em expansão.
Essa dificuldade está entre as razões que levaram a Bovespa a desenvolver um produto atrativo para potenciais investidores que ainda carregam temores em relação a ações.

Participação
Em 1997, a participação do investidor pessoa física representou 10,4% do total das operações realizadas na Bovespa. No ano passado, esse percentual alcançou 24,6%.
Em 2004, o resultado havia sido o melhor da história, atingindo 27,5% de participação de pessoas físicas nos negócios da Bolsa paulista.
Para comprar um POP, o investidor terá de procurar uma das corretoras de valores cadastradas na Bovespa e realizar sua aplicação.
Apesar de o produto estar estruturado sobre uma base complexa, que envolve o mercado de opções de compra e venda, o investidor não terá de se preocupar com esses detalhes técnicos. Os produtos oferecidos pelas corretoras já vêm prontos e não devem provocar muitas dúvidas.
O POP é apenas uma das alternativas para os pequenos investidores aplicarem em ações -não sendo nem a melhor nem a pior. Tudo depende do perfil do investidor e dos riscos que ele aceita correr.

Juros em queda
A Bovespa escolheu um momento interessante para lançar o produto, afirmam profissionais do mercado.
As taxas de juros estão em queda, o que pode elevar o número de investidores descontentes com aplicações mais tradicionais, como os fundos de renda fixa e DI, que pagam juros e têm dado rentabilidades menores a cada mês. Nesse cenário, existe uma demanda por produtos um pouco mais arriscados, mas potencialmente mais rentáveis.
O Banco Central iniciou o processo de corte dos juros em setembro de 2005. Desde então, a taxa básica, a Selic, caiu de 19,75% para 13% ao ano, definidos na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em janeiro deste ano.
(FABRICIO VIEIRA)


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