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Juros sinalizam recuperação antes das eleições americanas
DA BLOOMBERG
Antes que se possa dizer ""Barack Obama é o novo presidente dos EUA", a economia norte-americana terá voltado a crescer aceleradamente. O prognóstico se baseia na comparação entre as curvas de médio,
curto e longo prazos dos juros
da dívida pública americana.
Os juros dos papéis do Tesouro dos EUA de cinco anos
-no caso, de médio prazo- bateram no mais baixo patamar
desde 2001 em relação aos papéis de dois anos (curto prazo)
e dez anos (longo prazo).
No mercado de renda fixa
dos EUA, os juros para cinco
anos foram negociados ontem
em 2,65% ao ano, enquanto que
as taxas para dez anos estavam
em 3,65%. Já os juros para dois
anos recuaram para 1,91%. Vale
lembrar que, no final de janeiro, o Federal Reserve [BC dos
EUA] baixou o juro para 3%.
As taxas mostrariam que o
mercado aguarda pelo menos
mais dois cortes de 0,5 ponto
nos juros neste ano, antes de as
taxas voltarem a subir por conta de um aumento da inflação.
As últimas duas vezes em que
o juro para cinco anos caiu tanto foi durante as recessões de
1990 e de 2001. Em ambos os
momentos, a economia começou a crescer em nove meses.
""Estamos, de fato, começando a vislumbrar sinais reveladores emitidos pelo mercado
de que a economia estará em
recuperação dentro de seis a
nove meses", disse James Caron, estrategista de renda fixa
do Morgan Stanley.
""No segundo semestre, a economia norte-americana revelará sem dúvida um impulso decorrente do plano fiscal" e das
reduções dos juros adotadas
pelo Fed, disse Stuart Spodek,
diretor da área de bônus da
BlackRock, que administra
US$ 514 bilhões em ativos.
Spodek afirma ter vendido
papéis do Tesouro de cinco
anos nas últimas semanas de
janeiro e ter comprado títulos
do Tesouro de dois anos, com a
expectativa do fim do corte nos
juros norte-americanos.
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