São Paulo, terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

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Processo que envolve os donos da butique está em fase final

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O processo criminal que envolve os irmãos Eliana Tranchesi e Antonio Carlos Piva de Albuquerque por supostas operações ilegais da Daslu está em fase final na 2ª Vara Federal de Guarulhos, segundo Matheus Baraldi, procurador da República no município. "É bem provável que a sentença do juiz saia antes do meio do ano", diz.
Os irmãos e sócios de empresas que importavam para a Daslu são acusados de crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho, a partir de investigações feitas com base em documentos apreendidos na empresa durante a operação Narciso, em 2005, e em mercadorias retidas pela Alfândega da Receita. "Houve investigação, oferecimento de denúncia à Justiça pelo Ministério Público, coleta de provas, interrogatórios.
Agora, o processo está prestes a voltar para o Ministério Público para as alegações finais. Em seguida, o processo volta para a Justiça, que vai dar a sentença. Só faltam, portanto, as alegações finais e a sentença", diz.
Das grandes operações, segundo ele, o caso da Daslu é o que andou de maneira mais célere. "O prazo entre a operação Narciso, a investigação, a denúncia e a sentença ocorrerá em cerca de dois anos e meio, o que é um período curto para o padrão brasileiro", diz Baraldi.
Eliana Tranchesi chegou a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para excluir o crime de formação de quadrilha do processo que está na Justiça em Guarulhos. O STJ, porém, negou, na semana passada, o pedido de Tranchesi. O pedido foi negado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura.
A Receita Federal e a Fazenda paulista, segundo informa Baraldi, já autuaram a Daslu "em centenas de milhões de reais" entre impostos devidos, multa e juros. As autuações foram feitas a pessoas físicas e jurídicas. A Folha apurou que a Daslu está discutindo o pagamento dessas autuações no âmbito administrativo. Hayrton de Campos, diretor financeiro da Daslu, confirma que a loja foi autuada, mas não cita o valor total das autuações.
Diz que a butique, porém, já conseguiu "derrubar" parte da autuação de R$ 256 milhões aplicada pela Receita Federal. "Uma parte foi paga e outra parte está em discussão."


Colaborou JULIO WIZIACK , da Reportagem Local


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