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Processo que envolve os donos da butique está em fase final
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
O processo criminal que envolve os irmãos Eliana Tranchesi e Antonio Carlos Piva de
Albuquerque por supostas operações ilegais da Daslu está em
fase final na 2ª Vara Federal de
Guarulhos, segundo Matheus
Baraldi, procurador da República no município. "É bem
provável que a sentença do juiz
saia antes do meio do ano", diz.
Os irmãos e sócios de empresas que importavam para a
Daslu são acusados de crimes
de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho,
a partir de investigações feitas
com base em documentos
apreendidos na empresa durante a operação Narciso, em
2005, e em mercadorias retidas
pela Alfândega da Receita.
"Houve investigação, oferecimento de denúncia à Justiça
pelo Ministério Público, coleta
de provas, interrogatórios.
Agora, o processo está prestes a
voltar para o Ministério Público para as alegações finais. Em
seguida, o processo volta para a
Justiça, que vai dar a sentença.
Só faltam, portanto, as alegações finais e a sentença", diz.
Das grandes operações, segundo ele, o caso da Daslu é o
que andou de maneira mais célere. "O prazo entre a operação
Narciso, a investigação, a denúncia e a sentença ocorrerá
em cerca de dois anos e meio, o
que é um período curto para o
padrão brasileiro", diz Baraldi.
Eliana Tranchesi chegou a
recorrer ao Superior Tribunal
de Justiça (STJ) para excluir o
crime de formação de quadrilha do processo que está na
Justiça em Guarulhos. O STJ,
porém, negou, na semana passada, o pedido de Tranchesi. O
pedido foi negado pela ministra
Maria Thereza de Assis Moura.
A Receita Federal e a Fazenda paulista, segundo informa
Baraldi, já autuaram a Daslu
"em centenas de milhões de
reais" entre impostos devidos,
multa e juros. As autuações foram feitas a pessoas físicas e jurídicas. A Folha apurou que a
Daslu está discutindo o pagamento dessas autuações no
âmbito administrativo.
Hayrton de Campos, diretor
financeiro da Daslu, confirma
que a loja foi autuada, mas não
cita o valor total das autuações.
Diz que a butique, porém, já
conseguiu "derrubar" parte da
autuação de R$ 256 milhões
aplicada pela Receita Federal.
"Uma parte foi paga e outra
parte está em discussão."
Colaborou JULIO WIZIACK ,
da Reportagem Local
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