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Bolsa sobe 1,66% após acordo de ajuda à Grécia
Dia começou instável com baixa de ações de Vale e Cesp
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo subiu ontem pelo quarto
dia seguido com a perspectiva
de socorro à Grécia, país europeu mais fragilizado com a política de estímulos para minimizar os efeitos da crise. No Brasil, o Ibovespa teve alta de
1,66% e voltou aos 66.128 pontos, acumulando uma recuperação de 5,36% na semana. No
ano, ainda perde 3,59%.
Apesar de não haver detalhes
do plano de ajuda à Grécia, prevaleceu ontem nos mercados a
percepção de que as contas públicas gregas serão "enquadradas", mas o país terá ajuda dos
vizinhos para superar as desconfianças dos investidores.
Pela manhã, a falta de informações precisas e de um plano
crível de socorro irritou os analistas locais, impulsionando o
pessimismo no continente. A
Bolsa de Frankfurt encerrou
com baixa de 1,08%, e a de Madri, de 1,71%; a Bolsa de Londres teve alta de 0,57%.
"O mercado simplesmente
resolveu passar por cima desse
problema. Mesmo que se resolva a questão, as incertezas continuam. Por enquanto, só temos uma boa intenção. O ambiente ainda vai continuar volátil", disse Newton Rosa, economista da SulAmérica.
No Brasil, o Ibovespa chegou
a cair 1,08% até o início da tarde, prejudicado também pela
decepção inicial com os resultados da Vale, empresa cujo lucro diminuiu quase pela metade no ano passado. No final do
dia, no entanto, os analistas se
apegaram aos sinais de vendas
crescentes para a China e a
perspectivas melhores para
2010. As ações ON (com direito
a voto), que chegaram a cair
3,91% pela manhã, terminaram
o dia com alta de 2,35%. Os papéis PNA (sem voto) terminaram com alta de 1,89%, após
perderem 3,10% durante o dia.
As ações PNB (sem voto) da
geradora Cesp recuaram 0,66%
com a notícia, publicada ontem
pela Folha, da desistência do
governo de São Paulo de privatizá-la. Durante o dia, os papéis
tiveram baixa de até 3,37%.
"Demorou, mas caiu a ficha do
mercado de que a Cesp não vai
ser mais privatizada. Não há
condição política para isso",
disse Osmar Camilo, analista
da corretora Socopa.
No mercado de câmbio, o dólar fechou praticamente estável. A moeda americana subiu
0,05% e terminou o dia negociada a R$ 1,85.
Para hoje, a expectativa é que
os mercados se pautem pela
cautela, com os investidores
mantendo posições defensivas
durante o feriado de Carnaval.
"Ninguém vai querer arriscar
nada com esse grau de volatilidade", disse Newton Rosa.
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