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São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2003

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PAINEL S/A

Primeira mordida 1
A indústria de alimentos começou o ano com uma queda de 1,8% na produção em relação ao mesmo mês de 2002, segundo a Abia (associação do setor). No acumulado em 12 meses, o setor mantém um saldo de crescimento de 3,1%.

Primeira mordida 2
O faturamento da indústria de alimentos foi negativo em 5,8% no primeiro mês deste ano em comparação a janeiro de 2002. Mas isso depois de a inflação ser descontada. Sem deflacionar, as vendas foram 20,9% maiores.

Em alta
Jorge Mattoso (Caixa Econômica Federal) sobe cada vez mais no conceito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi o primeiro, entre os bancos oficiais, a apresentar propostas de reativação da economia.

Caminho das pedras
Arlindo Moura (Apeop) calcula que o investimento de R$ 1,4 milhão em saneamento para as prefeituras, anunciado pela Presidência da República, vá criar 70 mil empregos. Resta saber se os recursos irão direto para as prefeituras ou se chegarão via financiamento às estatais.

Crédito à exportação
O Banco do Brasil fechou, em fevereiro, 2.721 contratos de financiamento à exportação pela internet. O novo recorde totalizou US$ 47,7 milhões em ACC e ACE. Somente neste ano, essas operações via web acumulam um saldo de US$ 92,8 milhões.

Venda doce
Mais de cinco empresas brasileiras produtoras de mel participam neste ano da feira internacional de alimentos, no Japão, com o apoio da Apex-Brasil. No ano passado, as exportações do setor aumentaram 400%, por conta de o produto chinês ter perdido participação de mercado, depois de apresentar substâncias proibidas.

Lobby da indústria
José Sarney (Senado) e João Paulo Cunha (Câmara dos Deputados) irão receber na CNI, no próximo dia 25, a Agenda Legislativa da Indústria. Trata-se de um documento com cem projetos do interesse do setor, desde a regulamentação da economia até a reforma política.

Turbinado
A Shell lança amanhã em São Paulo e no Rio sua nova gasolina. O combustível foi desenvolvido em parceria com a Ferrari nas pistas da Fórmula 1 e possui uma série de aditivos. Serão investidos R$ 18 milhões na campanha de marketing.

Sem cortes
A Volkswagen anuncia a volta dos investimentos na área cultural e lança neste mês o "Criação Teatral Volkswagen". O projeto que deve receber R$ 1,5 milhão pretende revelar e desenvolver novos talentos das artes cênicas.

Negócios e folia
Peter Kalberg (Ericsson) e Michelle de Finis (TIM) negociam com Maurício Mattos (Grupo Rio Samba & Carnaval) um evento para 2004. Eles querem, à época do Carnaval, realizar uma convenção do setor no Rio. Além de negócios, os executivos poderiam assistir aos desfiles.

Brasileiro em Harvard
A Harvard Business School incluiu em seu site, como recomendação de leitura, o brasileiro "Portais Corporativos", de José Cláudio Terra e Cindy Gordon (Negócio Editora).

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br


ANÁLISE

Alvo certo

O governo pode desarmar as expectativas de inflação alta com um câmbio próximo a R$ 3,25, diz o economista Roberto Giannetti da Fonseca. Em vez de insistir na política de juros altos, o governo deveria concentrar suas estratégias na obtenção de uma apreciação cambial. "O atual patamar da cotação do dólar ainda está acima do ponto de equilíbrio, se forem considerados os fundamentos econômicos." Aumentar a taxa de juros pode até restringir a demanda, mas os reajustes de preços são decorrência de pressão de custos causada pelo câmbio alto. "E a apreciação do real tem que acontecer com a maior atuação do BC no mercado", diz. "Um câmbio a R$ 3,20 desarma a inflação e mantém a competitividade das exportações."


NO MERCADO

O destaque na Bolsa de Valores de São Paulo ontem ficou com as ações da Petrobras, que lideraram as altas no pregão. O papel ON da empresa fechou com valorização de 4,4%, seguido pelo PN, que subiu 4,1% e foi o mais negociado no dia.


O governo insiste nos juros para controlar a inflação. O problema é o câmbio


Roberto Giannetti, economista


NÚMEROS

R$ 205,58
Foi o preço da cesta básica dos paulistanos ontem. A alta foi de 0,02%, segundo o Procon/Dieese.

1,21%
Foi o aumento do custo da construção civil nacional no mês passado, segundo dados do IBGE.


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