São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2008

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CCR toma R$ 1,2 bi do UBS para operar Rodoanel

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para financiar o valor da outorga e garantir os primeiros investimentos no trecho oeste do Rodoanel, a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) obteve dois empréstimos-ponte, no total de R$ 1,2 bilhão, do UBS Pactual, afirmou ontem o diretor de relações com investidores da empresa, Arthur Piotto.
Os empréstimos servirão como uma primeira fonte de financiamento para a CCR durante o primeiro ano de administração do Rodoanel. Depois desse período, os executivos da empresa voltarão a avaliar novas oportunidades, inclusive tomadas de empréstimo no exterior e linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"Vamos avaliar as oportunidades com o BNDES, que é nosso parceiro em muitos de nossos empreendimentos", afirmou o presidente da CCR, Renato Vale.

Sócio estrangeiro
Piotto informou ainda que o Consórcio Integração Oeste, liderado pela CCR, deve receber um sócio estrangeiro com até 40% de participação no capital da sociedade de propósito específico que será criada para gerir a concessão.
Segundo ele, a negociação está "99% fechada" com um fundo de investimento que ele não quis identificar. Esta participação deve representar para o fundo entre 240 e 250 milhões de reais.
"Dois bilhões de reais não é um valor trivial", disse Piotto, referindo-se ao valor da outorga pela exploração, por um período de 30 anos, do trecho do anel viário paulista.
De acordo com Piotto, a CCR tem um nível de endividamento baixo e quer estar "confortável" para quando se realizar o leilão de outras rodovias estaduais de São Paulo.

O consórcio
A CCR mantém 95% de participação no Consórcio Integração Oeste. Os outros 5% estão nas mãos da Encalso Construções. As duas empresas são acionistas da Renovias, que administra e opera cinco rodovias no nordeste de São Paulo, entre Campinas, o Circuito das Águas Paulistas e o sul de Minas Gerais. A malha viária da Renovias tem uma extensão de 345,6 quilômetros.
Já a CCR, uma das maiores companhias concessões rodoviárias do país, tem como sócios as construtoras Camargo Corrêa e Serveng, a Andrade Gutierrez Concessões, que atua no segmento de concessões de serviços públicos de infra-estrutura, e a Brisa, grupo português que também atua no ramo de administração de rodovias.
Cada um dos sócios possui 17,88% de participação na CCR, exceto a Andrade Gutierrez Concessões, que detém 17,33% das ações estão no
As demais 28,98% de ações estão pulverizadas entre acionistas no Novo Mercado.


Com a Reuters


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