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foco
Maioria dos suíços quer que
governo resista a pressão e
mantenha sigilo bancário
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
Três em cada quatro suíços esperam que o governo
resista à pressão internacional e mantenha intacto o sigilo bancário. É com esse
amplo apoio, confirmado
ontem por nova pesquisa de
opinião, que bancos e políticos da Suíça contam para fazer o mínimo de concessões
e preservar a sua mais polêmica e lucrativa tradição.
Segundo pesquisa anual
da Associação dos Banqueiros Suíços, 91% da população
defende a privacidade em assuntos financeiros e 78%
apoiam a manutenção do sigilo bancário. Responsável
por 12% do PIB suíço, o setor
financeiro é considerado pelos entrevistados o mais importante do país.
Enquanto os resultados da
sondagem eram divulgados,
o maior banco suíço revelou
que seu prejuízo em 2008 foi
maior que o esperado.
O UBS anunciou perdas de
20,9 bilhões de francos (US$
18,1 bilhões), ante 19,7 bilhões de francos previstos
anteriormente.
O UBS também é o principal alvo da pressão mundial
contra os paraísos fiscais.
No mês passado, o banco,
maior gestor de fortunas do
planeta, pagou multa de US$
780 milhões e aceitou revelar a identidade de 250 clientes americanos para não ser
indiciado criminalmente por
auxílio à sonegação. Mas o
fisco dos EUA exige outros
52 mil nomes. A UE faz a
mesma pressão.
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