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Sob Lula, país cresceu mais que nos anos FHC
DA SUCURSAL DO RIO
No embate numérico dos
PIBs, o crescimento médio da
economia durante o período do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) supera o exibido nos
anos sob governo de Fernando
Henrique Cardoso (PSDB)
-mesmo com a estagnação
econômica de 2009.
No primeiro mandato de
FHC (1995-1998), o crescimento médio da economia foi de
2,5% ao ano. O último ano do
período teve expansão nula,
quase equivalente ao índice registrado em 2009 (-0,2%), segundo dados do IBGE.
Naquele período, a média de
crescimento da economia
mundial por ano estava em
3,4%, segundo dados do Fundo
Monetário Internacional.
Nos quatro anos seguintes,
1999 a 2002, a expansão média
anual foi de 2,2% -os maiores
impactos foram o racionamento, em 2001 (com PIB de 1,3%),
e a crise cambial de 2002 (PIB
de 2,7%).
Nesse intervalo, o mundo
crescia a 3,4%, segundo o FMI.
Nos primeiros quatro anos
de Lula, de 2003 a 2006, a economia cresceu, em média, 3,5%
-com destaque para a expansão de 5,7% em 2004. Enquanto isso, o mundo cresceu 4,5%
por ano, em média, de acordo
com o FMI.
Na média dos três anos decorridos no segundo mandato
de Lula, o PIB brasileiro teve
expansão de 3,7%. Foi o primeiro mandato em que a economia brasileira superou a expansão mundial, abatida pela
crise -que emitiu os primeiros
sinais em 2007 e avançou em
2008 (com a quebra do banco
Lehman Brothers nos EUA) e
2009. Nesse triênio, a economia mundial deverá ter crescimento de 2,3%, segundo dados
do FMI com base em projeções
para 2009.
Para o economista Bernardo
Wjuniski, da Tendências Consultoria, a comparação não pode desconsiderar as conjunturas brasileira e mundial.
"Fernando Henrique teve
que fazer reformas estruturais
que deram a Lula condições para que tivesse boa média e
avançasse em programas sociais. Não é historicamente justo creditar apenas a Lula o crescimento recente. Ele se beneficiou também da conjuntura externa, antes da crise. Mas seus
méritos são inegáveis, porque
ele manteve a estabilidade e
criou uma nova classe média",
afirma Wjuniski.
(SAMANTHA LIMA E PEDRO SOARES)
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