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Produto é
declarado por
10% do valor
da Agência Folha, em Santos
O superintendente da Receita
Federal em São Paulo, Flávio Del
Comuni, e o inspetor da Alfândega, Haroldo da Costa Amorim, visitaram ontem os terminais no
porto de Santos onde estão armazenados os contêineres apreendidos.
Nos terminais visitados, havia
equipamentos eletrônicos, de informática (computadores, monitores, "scanners", kits multimídia), alimentos, roupas e fitas de
vídeo, entre outros produtos, todos importados da Ásia, dos Estados Unidos e da Europa.
Um equipamento de som da
marca Aiwa, vendido ao consumidor no Brasil por cerca de R$ 700,
tinha o valor declarado de US$ 80
(10% do preço). O fabricante cobra no exterior cerca de US$ 220,
segundo a Receita.
Um carrinho de bebê fabricado
na Ásia, vendido no Brasil de R$
95 a R$ 320 (de acordo com o modelo), tinha como valor declarado
US$ 5.
Dois contêineres com caixas de
bacalhau importadas de Portugal
continham 22 toneladas, de acordo com a declaração de importação, embora pesassem, de fato, 32
toneladas.
Del Comuni afirmou que a ação
da Receita beneficiará os fabricantes brasileiros.
"Se os importados entrarem
com um preço normal, o produto
brasileiro passa a ser competitivo e
a indústria nacional é protegida",
declarou.
Segundo ele, as apreensões são
resultado de um trabalho de cruzamento de informações eletrônicas e uso de métodos de inteligência fiscal.
Perfil dos importadores
"A maioria desses casos foi objeto de monitoramento das empresas. Passamos a estudar o perfil de
vários importadores e a fazer um
trabalho artesanal de cruzamento
de informações", afirmou Haroldo Amorim.
De acordo com o superintendente Flávio Del Comuni, 80% a
90% das importações irregulares
que chegam pelo porto de Santos
estão sendo bloqueadas pela Receita, "o que é um índice muito
bom para o país", disse.
As mercadorias apreendidas serão leiloadas, incorporadas ao patrimônio federal ou doadas a instituições beneficentes.
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