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OUTRO LADO
Advogado das duas empresas contesta fraude
DA SUCURSAL DO RIO
O advogado das empresas
Golfo e Fórmula Brasil Petróleo, João Lourenço Rodrigues
Silva, disse que os proprietários
desconheciam a existência da
ação judicial proposta pelo Ministério Público do Estado do
Rio Grande do Sul.
Ele disse que tem conhecimento de que há processos administrativos no Estado contra
várias distribuidoras de combustíveis, mas que estariam
ainda em andamento.
"No que diz respeito à Fórmula, os processos administrativos estão sendo analisados
pela Agência Nacional do Petróleo, que é o órgão competente e tecnicamente capacitado para apurar eventuais responsabilidades", afirmou.
Segundo o advogado, a denúncia por crime contra a economia popular, no caso de
adulteração de combustíveis,
teria que se basear em infração
administrativa aplicada pela
ANP. "Se a empresa for inocentada no processo administrativo, não haverá processo criminal", declarou. Segundo ele, os
procedimentos administrativos relativos ao processo judicial de Canoas ainda estão em
tramitação.
O advogado alega também
que a Golfo e a Fórmula têm
acionistas distintos, embora
pertençam à mesma família. A
acionista majoritária da Golfo,
com 85% das ações, é Roxane
Oliveira, mulher de Dirceu Oliveira, conhecido no mercado
por "major" -que, por sua
vez, é acionista da Fórmula,
mas não da Golfo.
"As pessoas jurídicas [empresas] não se confundem com
as pessoas físicas dos acionistas. O processo no Rio Grande
do Sul não poderia envolver a
Golfo", argumenta Silva.
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