São Paulo, sábado, 12 de maio de 2007

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Bovespa sobe e termina a semana com alta de 0,6%

Com atuações mais brandas do BC, dólar cai a R$ 2,019

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A recuperação do mercado acionário no pregão de ontem permitiu que a Bolsa de Valores de São Paulo terminasse a semana no azul, com valorização acumulada de 0,6%. Ontem a alta da Bolsa ficou em 1,33%.
No balanço da semana, houve certo equilíbrio dentre as 60 ações que formam a carteira do índice Ibovespa: 31 subiram e 29 recuaram.
Números de inflação ao produtor nos Estados Unidos foram bem recebidos pelos investidores internacionais ontem, o que se refletiu em ganhos em diferentes mercados.
A Bolsa de Nova York fechou com seu principal índice, o Dow Jones, marcando valorização de 0,84%. A Nasdaq, onde são negociadas as ações de companhias tecnológicas, teve elevação de 1,12%.
Além do resultado do PPI (índice de preços ao produtor americano), agradaram ao mercado números mais fracos no setor varejista do país. O núcleo do PPI, que exclui as variações de alimentos e energia, mostrou estabilidade em abril.
Na interpretação do mercado, os dados sinalizaram que cresceram as chances de os juros voltarem a ser reduzidos pelo banco central norte-americano. Na quarta-feira, o Fed (banco central norte-americano) decidiu manter os juros do país em 5,25% anuais.
Se os juros americanos caem, cresce a procura por investimentos de maior risco, como o mercado de ações.
Na Europa, as Bolsas de Valores também tiveram pregões de ganhos: em Frankfurt, a alta foi de 0,86%; em Londres, foi de 0,64%; e em Paris, de 0,63%.

Dólar fraco
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar terminou os negócios de ontem em baixa. Em queda de 0,25%, a moeda terminou a semana vendida a R$ 2,019, uma das mais baixas cotações do ano.
Pelos segundo dia seguido, o BC não interveio no mercado futuro. Apenas se limitou a comprar dólares diretamente dos bancos. Mas, mesmo tendo comprado cerca de US$ 1 bilhão ontem, segundo estimativas do mercado, o dólar caiu.
Na semana, a moeda norte-americana acumulou recuo de 0,64% diante do real.
O risco-país brasileiro terminou as operações de ontem aos 152 pontos, após cair 1,3%.

Inflação e juros
A queda na inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) elevou as especulações no mercado brasileiro sobre a possibilidade de o Banco Central acelerar a redução da taxa básica Selic.
O IPCA de abril ficou em 0,25%, contra 0,37% registrado em março. O IPCA é o índice de preços utilizado pelo governo para balizar sua de meta de inflação.
"Fica cada vez mais difícil o Copom não reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual na próxima reunião, que ocorrerá nos dias 5 e 6 de junho, principalmente depois da dissidência ocorrida na reunião de abril", afirmou a consultoria Austin Rating em relatório.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções futuras para as taxas de juros terminaram a semana praticamente estáveis.
Por enquanto, o mercado ainda se divide em relação ao tamanho do corte que a taxa Selic pode sofrer na próxima reunião do Copom.
Ontem o Tesouro Nacional concluiu a operação de captação no mercado internacional que havia sido iniciada na quinta-feira. Após levantar R$ 750 milhões nos Estados Unidos e na Europa, o Tesouro emitiu mais R$ 37,5 milhões no mercado asiático.


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