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Bovespa sobe e termina a semana com alta de 0,6%
Com atuações mais brandas do BC, dólar cai a R$ 2,019
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A recuperação do mercado
acionário no pregão de ontem
permitiu que a Bolsa de Valores
de São Paulo terminasse a semana no azul, com valorização
acumulada de 0,6%. Ontem a
alta da Bolsa ficou em 1,33%.
No balanço da semana, houve certo equilíbrio dentre as 60
ações que formam a carteira do
índice Ibovespa: 31 subiram e
29 recuaram.
Números de inflação ao produtor nos Estados Unidos foram bem recebidos pelos investidores internacionais ontem, o
que se refletiu em ganhos em
diferentes mercados.
A Bolsa de Nova York fechou
com seu principal índice, o
Dow Jones, marcando valorização de 0,84%. A Nasdaq, onde são negociadas as ações de
companhias tecnológicas, teve
elevação de 1,12%.
Além do resultado do PPI
(índice de preços ao produtor
americano), agradaram ao
mercado números mais fracos
no setor varejista do país. O núcleo do PPI, que exclui as variações de alimentos e energia,
mostrou estabilidade em abril.
Na interpretação do mercado, os dados sinalizaram que
cresceram as chances de os juros voltarem a ser reduzidos
pelo banco central norte-americano. Na quarta-feira, o Fed
(banco central norte-americano) decidiu manter os juros do
país em 5,25% anuais.
Se os juros americanos caem,
cresce a procura por investimentos de maior risco, como o
mercado de ações.
Na Europa, as Bolsas de Valores também tiveram pregões de
ganhos: em Frankfurt, a alta foi
de 0,86%; em Londres, foi de
0,64%; e em Paris, de 0,63%.
Dólar fraco
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar terminou os negócios de ontem em baixa. Em
queda de 0,25%, a moeda terminou a semana vendida a R$
2,019, uma das mais baixas cotações do ano.
Pelos segundo dia seguido, o
BC não interveio no mercado
futuro. Apenas se limitou a
comprar dólares diretamente
dos bancos. Mas, mesmo tendo
comprado cerca de US$ 1 bilhão ontem, segundo estimativas do mercado, o dólar caiu.
Na semana, a moeda norte-americana acumulou recuo de
0,64% diante do real.
O risco-país brasileiro terminou as operações de ontem aos
152 pontos, após cair 1,3%.
Inflação e juros
A queda na inflação medida
pelo IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo) elevou as
especulações no mercado brasileiro sobre a possibilidade de
o Banco Central acelerar a redução da taxa básica Selic.
O IPCA de abril ficou em
0,25%, contra 0,37% registrado
em março. O IPCA é o índice de
preços utilizado pelo governo
para balizar sua de meta de inflação.
"Fica cada vez mais difícil o
Copom não reduzir a taxa Selic
em 0,50 ponto percentual na
próxima reunião, que ocorrerá
nos dias 5 e 6 de junho, principalmente depois da dissidência
ocorrida na reunião de abril",
afirmou a consultoria Austin
Rating em relatório.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções
futuras para as taxas de juros
terminaram a semana praticamente estáveis.
Por enquanto, o mercado
ainda se divide em relação ao
tamanho do corte que a taxa Selic pode sofrer na próxima reunião do Copom.
Ontem o Tesouro Nacional
concluiu a operação de captação no mercado internacional
que havia sido iniciada na quinta-feira. Após levantar R$ 750
milhões nos Estados Unidos e
na Europa, o Tesouro emitiu
mais R$ 37,5 milhões no mercado asiático.
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