|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Superávit chinês volta a crescer em abril
Apesar das promessas do governo de reduzir o ritmo das exportações, país vendeu US$ 16,88 bi a mais do que comprou
União Européia continuou
a ser o principal parceiro comercial dos chineses, negociando US$ 103,6 bi; Estados Unidos vêm a seguir
DA REDAÇÃO
Depois da surpreendente
queda registrada em março, e
apesar das promessas do governo de tentar diminuir o ritmo
das exportações, o superávit
comercial chinês voltou a crescer no mês passado, alcançando US$ 16,88 bilhões, de acordo
com a agência estatal de notícias Xinhua.
Mais uma vez as exportações
cresceram em ritmo mais intenso do que as importações.
Em abril, as empresas chinesas
venderam US$ 97,45 bilhões
para o exterior, e o país adquiriu US$ 80,57 bilhões em bens
produzidos fora.
"Os dados mostram que a desaceleração abrupta de março
foi resultado de alguns fatores
temporários e a tendência geral
de rápido crescimento do superávit não se alterou em nada",
disse à Reuters o analista Li
Huiyong.
Em março, o superávit chinês ficou em US$ 6,87 bilhões, a
menor marca desde fevereiro
do ano passado. Ainda assim, a
média mensal deste ano, de
US$ 15,9 bilhões, é superior à
registrada no ano passado, que
ficou em US$ 14,8 bilhões.
O bom resultado se deve
principalmente a fevereiro,
quando os chineses venderam
US$ 23,72 bilhões a mais do
que compraram em outros países -a segunda maior marca
mensal de superávit comercial
da história do país asiático.
No mês passado, a União Européia (UE) continuou a ser o
principal parceiro comercial da
China, negociando US$ 103,6
bilhões com os asiáticos -aumento de 29,5% em relação ao
mesmo período de 2006.
No ano passado, pela primeira vez o bloco europeu comprou mais da China do que dos
Estados Unidos. Os 25 países
da UE importaram US$ 191,5
bilhões dos chineses -expansão de 21%- e US$ 176,2 bilhões dos americanos -crescimento de 8%. As exportações
européias para a China cresceram 23% em 2006, para US$
63,3 bilhões.
Os Estados Unidos permaneceram como o segundo maior
parceiro comercial dos chineses em abril. Nesse período, o
comércio entre os dois países
foi de US$ 91,87 bilhões. O Japão foi o terceiro país que mais
negociou com a China.
Os dados divulgados ontem
pela agência estatal de notícias
apresentam apenas o total comercializado por esses países
com a China, além da União
Européia. Não há o superávit
-ou déficit- chinês nessas relações comerciais.
Como os dados ainda não foram divulgados no site em inglês do Ministério de Comércio
da China, não há o resultado da
balança comercial do país com
o Brasil. Segundo estimativas
preliminares do Ministério do
Desenvolvimento do Brasil, o
país teve superávit com a China
de US$ 160 milhões em abril.
Déficit americano
O superávit comercial chinês
é um dos temas sensíveis para a
administração de George W.
Bush. No ano passado, os chineses exportaram US$ 232,5
bilhões a mais do que importaram dos Estados Unidos.
A China é apontada pela oposição democrata, que tem
maioria no Congresso, como
uma das principais responsáveis pelo déficit americano. O
país asiático tem registrado superávits consecutivos nas relações comerciais com os Estados Unidos.
Uma das principais reclamações dos americanos é em relação ao yuan, a moeda chinesa.
Segundo a administração de
Washington, ela é mantida subvalorizada, favorecendo as exportações asiáticas e prejudicando as exportações americanas.
O déficit comercial dos Estados Unidos com a China encolheu para US$ 17,2 bilhões em
março passado, comparativamente aos US$ 18,4 bilhões registrados em fevereiro.
As importações provenientes
da China foram as menores
desde maio de 2006, enquanto
as exportações para o país asiático atingiram recorde.
Texto Anterior: Mineração: CSN avalia vender participação em projetos Próximo Texto: Frase Índice
|