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BCs veem sinais positivos na economia mundial
Avaliação é de retomada em emergentes e declínio menor em países industrializados
Meirelles afirma que houve
"destaque especial" para
Brasil e China na reunião do
BIS; autoridades apontam
alívio no sistema financeiro
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
A economia global se aproxima do "ponto de inflexão", com
sinais de retomada em países
emergentes, principalmente
Brasil e China, e um declínio
menos acentuado no mundo
industrializado. A constatação
é das principais autoridades
monetárias do planeta, que observam o retorno de alguns indicadores do mercado financeiro a níveis anteriores à crise.
O diagnóstico positivo, anunciado pelo presidente do BCE
(Banco Central Europeu),
Jean-Claude Trichet, junta-se
às avaliações otimistas das últimas semanas sobre a recuperação global. Ainda que de forma
cautelosa, Trichet indicou que
há uma reversão da curva.
"No que se refere ao crescimento, estamos próximos do
ponto de inflexão no ciclo", disse . "Vemos uma desaceleração
da queda do PIB observada no
último trimestre de 2008 e no
primeiro trimestre deste ano."
Falando em nome dos principais BCs do mundo, ele comentou que alguns emergentes já
deram a volta na curva, enquanto no mundo desenvolvido a desaceleração perdeu fôlego. A tendência "parece ser universal", disse Trichet após reunião no BIS (Banco de Compensações Internacionais), em
Basileia (Suíça). Ele citou países específicos, mas o presidente do BC, Henrique Meirelles,
afirmou que houve "destaque
especial" para Brasil e China.
"Foi enfatizado que o Brasil
dá sinais de recuperação na
margem", disse, em referência
à expansão mês a mês.
Também há sinais de alívio
no sistema financeiro. Segundo
Trichet, "há um sentimento geral" de que os prêmios de risco
voltaram aos níveis "pré-Lehman" [Brothers], referência à
quebra do banco americano em
setembro de 2008, que marcou
o agravamento da crise.
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