Resultados revelam força da Bolsa no país, dizem analistas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo mostrou força, ontem, ao cair apenas 0,82% enquanto a Bolsa de Nova York recuou 1,82% por causa de um movimento de realização de lucros -os investidores queriam embolsar os ganhos obtidos nas últimas sessões.
No mês, o principal índice do mercado acionário americano acumula alta de 3,07%; o do brasileiro tem elevação total de 7,8% no mesmo período.
A notícia de que os bancos US Bancorp, Capital One Financial e BB&T farão ofertas públicas de ações para levantar recursos e pagar os empréstimos conseguidos com o governo americano desanimou os investidores nos EUA. Eles ficam se perguntando qual é o real tamanho dos problemas nos quais as instituições financeiras do país estão mergulhadas. Ainda há o temor de que haja esqueletos no armário.
Para Marcelo Sperb, diretor-executivo da Nobel Asset Management, a Bovespa se beneficia de um ainda incipiente movimento de realocação de recursos em nível global: os grandes investidores estão voltando a procurar aplicações que ofereçam uma rentabilidade razoável para as suas aplicações.
"Além disso, os preços das commodities agrícolas e metálicas, produtos vendidos por boa parcela das empresas que têm ações negociadas na Bolsa, tiveram uma recuperação recentemente", afirma o analista. "A Bovespa caiu, mas pouco, o que é um sinal positivo."
O movimento do mercado brasileiro nos próximos dias continuará bastante dependente do humor em Nova York, no entanto. "Nossa expectativa é que aconteçam mais realizações de lucro", diz Sperb.
A Bolsa pode perder o patamar de 50 mil pontos, retomado há uma semana, mas os especialistas lembram que as aplicações em papéis de empresas devem ser feitas como uma poupança de longo prazo. (DENYSE GODOY)


Texto Anterior: Dono de estúdio planeja comprar "New York Times"
Próximo Texto: Estradas: EcoRodovias quer a Ayrton Senna em junho
Índice