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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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PERSPECTIVAS

Análise do Federal Reserve vê retomada em algumas regiões do país; produção industrial alemã recua 1%

Economia continua lenta nos EUA, mas há sinais de melhora

DA REDAÇÃO

A atividade econômica permanece lenta na maioria do território norte-americano, segundo o Federal Reserve (banco central dos EUA), mas há sinais de recuperação em algumas regiões. Parte dos analistas recebeu a análise do Fed com otimismo, enquanto outros apostam em um novo corte na taxa de juros.
Segundo o Livro Bege, análise periódica sobre as condições nos 12 distritos em que o Fed divide o país, a instituição afirma que o fim do conflito no Iraque restabeleceu parte da confiança de consumidores e empresários. Mas o mercado de trabalho e os investimentos seguem fracos.
"O consumo permanece fraco de maneira geral. As vendas do varejo se recuperaram com o fim das hostilidades no Iraque, mas permanecem abaixo dos níveis de um ano atrás", diz o relatório.
O Livro Bege, que tem esse nome devido à cor de sua capa, é preparado a partir das informações coletadas pelos 12 Feds regionais. O relatório foi elaborado a partir de informações coletadas entre o final de abril e o final do mês passado.
Quatro dos 12 distritos detectaram aceleração da atividade econômica. Por outro lado, nenhum dos Feds regionais relatou deterioração em relação ao período antecedente.
"O Libro Bege nos diz que a economia ainda está lenta, mas há sinais de recuperação", disse Richard Suttmeier, estrategista-chefe da corretora Joseph Stevens.
O comitê de política monetária do Federal Reserve vai se reunir daqui a duas semanas, e o Livro Bege é uma das principais balizas para os diretores da instituição. Os juros estão em 1,25% ao ano. Um eventual corte derrubaria a taxa para o nível mais baixo desde a década de 50.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York registrou alta de 1,42% ontem e fechou acima de 9.100 pontos pela primeira vez em 11 meses. Desde o seu ponto mais baixo dos últimos anos, em outubro passado, o Dow Jones já ganhou cerca de 25%. A Nasdaq encerrou em alta de 1,13%.

Alemanha
A produção industrial da Alemanha sofreu um acentuado recuo de 1% em abril, na comparação com o mês anterior. O recuo pegou analistas de surpresa e reduz as perspectivas de retomada para a maior economia européia.
A Alemanha está tecnicamente em recessão. A preocupação dos economistas é que a desaceleração na atividade no país "infecte" as outras grandes economias da zona do euro -França e Itália.
O país corre o risco ainda de cair em deflação. Segundo números divulgados pelo órgão oficial de estatísticas, o índice de preços recuou 0,2% no mês passado.


Com agências internacionais


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