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MERCADO FINANCEIRO
BC iniciou rolagem de dívida cambial; moeda dos EUA fecha com menor valor em quase 11 meses
Dólar perde 0,52% e recua para R$ 2,855
DA REPORTAGEM LOCAL
A pequena baixa de 0,52% registrada ontem levou o dólar a fechar vendido a R$ 2,855. Esse é o
menor preço da moeda norte-americana diante do real desde 18
de julho do ano passado.
Sem muitas notícias de impacto
no mercado, o leilão de rolagem
da dívida cambial que vence no
dia 18, promovido pelo Banco
Central, foi o destaque do dia. O
BC renovou 74% do US$ 1,03 bilhão que vence naquele dia. A dúvida do mercado é se o governo
vai renovar o restante da dívida.
"Com a nova estratégia de rolagem, o Banco Central arrumou
uma forma de atuar na volatilidade do dólar. Dependendo se o dólar está caindo muito ou não, o
Banco Central rola uma parte
maior ou menor da dívida", afirma Sérgio Machado, diretor de tesouraria do banco Fator.
No fim de maio, o BC anunciou
que poderia rolar mais ou menos
de 100% dos vencimentos de sua
dívida cambial. Quando o BC renova montantes menores, há menos "hedge" (proteção) disponível no mercado. Isso pode obrigar
as instituições a comprar mais
dólares, o que resulta em maior
pressão sobre o preço da moeda.
Nos negócios na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações do setor
de telecomunicações se destacaram. As três maiores valorizações
do pregão ficaram com ações de
teles. O papel PN da Embratel
Participações subiu 4,68%, seguido pelo ON da empresa, com alta
de 3,6%. As ações preferenciais da
Embratel também tiveram o segundo maior volume negociado
no dia, concentrando 11,1% dos
R$ 666,8 milhões girados no dia.
Operadores do mercado afirmam que as ações da Embratel
têm sido foco de especulação com
uma hipotética troca de controle
da empresa.
Na outra ponta, papéis de teles
estiveram entre as cinco maiores
quedas do dia. No setor, quem
mais perdeu foi o papel PN da Tele Leste Celular, que sofreu desvalorização de 4,1%.
As ações preferenciais da Embraer, depois de dispararem
16,6% na terça-feira, tiveram pequena baixa de 0,86% no pregão
de ontem.
Os C-Bonds fecharam estáveis,
vendidos a US$ 0,9175. Após a
emissão de US$ 1,25 bilhão feita
pelo governo anteontem, analistas esperavam que o mercado de
dívida tivesse um dia de maior volatilidade, o que não aconteceu.
(FABRICIO VIEIRA)
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