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Vivo também vai vender o iPhone no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A Apple foi atropelada no
modelo de negócio que previa
exclusividade às operadoras interessadas em vender o iPhone,
o celular que se conecta à internet. Ontem, a Vivo, controlada
pela Telefônica, anunciou que
também venderá o aparelho no
Brasil. A Claro, do grupo America Móvil, foi a primeira a fechar contrato com a Apple para
o iPhone, há cerca de um mês.
Naquela ocasião, a Folha antecipou que a Telefónica continuava na mesa de negociação.
O acordo foi fechado após um
ano de conversas e só saiu porque a Telefónica aceitou subsidiar a venda dos iPhones, seguindo o exemplo da Claro.
Hoje os aparelhos saem por
US$ 199 (modelos com 8M de
memória) e US$ 299 (com
16M), nos EUA. O preço no
Brasil não será muito superior
(em reais) ao praticado em dólares nos EUA.
A diferença de preço, provocada principalmente pelos impostos de importação, será
bancada pelas operadoras da
Telefónica em 15 países, 11 deles na América Latina, incluindo o Brasil.
Os primeiros iPhones serão
lançados em 11 de julho na Espanha e no México. No Brasil, a
previsão é de que cheguem às
lojas entre agosto e setembro.
A data no Brasil depende da
homologação dos aparelhos
pela Agência Nacional de Telecomunicações, um processo
que leva, pelo menos, dois meses. Segundo a Apple, nenhum
iPhone foi enviado para certificação até o momento.
A vantagem nessa demora é
que já chegam ao Brasil os modelos 3G (terceira geração). Esse aparelho deixa a Claro com
uma certa vantagem sobre a Vivo porque sua rede 3G (em
GSM) está preparada para o
iPhone. A Vivo tem uma rede
similar à da Claro apenas em
Minas Gerais e deverá concluir
sua migração da rede 3G em
CDMA para a GSM no restante
do país no segundo semestre
deste ano.
Isso significa que a Vivo poderá lançar o iPhone, mas a velocidade de navegação ficará
comprometida porque as redes
em CDMA são mais lentas. É o
que afirma Eduardo Tude, diretor da Teleco, consultoria de
telecomunicações.
(JULIO WIZIACK e TONI SCIARRETTA)
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