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Queda do IOF deve impulsionar crédito
da Reportagem Local
A emissão de carnês está estabilizada desde o início do ano, mas
pode voltar a crescer a partir deste
mês por causa da redução do IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras), de 15% para 6% ao ano.
Desde o início do ano, a Servloj,
que administra o crediário de 800
lojas espalhadas pelo país, está
emitindo cerca de 60 mil carnês
por mês, 40% a menos do que a
média mensal do ano passado.
"Com a subida da inadimplência, aumentaram as restrições ao
crédito", diz Oswaldo de Freitas
Queiroz, diretor-geral da Servloj.
Neste semestre, a emissão de novos carnês deve voltar a crescer em
razão da redução do IOF e porque,
tradicionalmente, as vendas são
maiores nesta época do ano.
A Servloj administra atualmente
uma carteira de crédito da ordem
de R$ 200 milhões. Chegou a R$
300 milhões no ano passado. A
queda ocorreu depois da crise
asiática, no final do ano passado,
por causa do aumento dos juros.
Nos cálculos de Queiroz, a soma
dos carnês que estão em atraso ou
pagos em dia no país é da ordem
de R$ 25 bilhões. Considerando
que cada carnê financia uma compra de cerca de R$ 400, estima-se
que existem cerca de 60 milhões de
carnês espalhados pelo país.
Antes do Real, esse número não
chegava a 30 milhões. Esse salto é
que levou as empresas a sofisticar
a maneira de avaliar o crédito.
O Banco Ficsa, que administra o
financiamento de veículos para
cerca de 5.000 revendas no Estado
de São Paulo, já implantou o sistema estatístico para avaliação de
crédito na matriz em São Paulo e
nos seus escritórios regionais.
A Promocompras, do Banco
Santander, responsável pelo crediário de 500 lojas de eletrodomésticos e material de construção
em São Paulo e Rio de Janeiro, implantou há um ano o sistema estatístico que cruza dados dos clientes nas lojas que faturam mais de
R$ 100 mil por mês.
Raul Júlio Meglior, gerente de
crédito da Promocompras, diz
que o crédito é avaliado em quatro
minutos. Segundo ele, apesar de
10% da venda não ser concretizada
com o novo método, a redução do
risco de inadimplência compensa.
A inadimplência da empresa é da
ordem de 5% sobre a carteira financiada, um ponto percentual a
mais do que há um ano.
(FF)
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