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ENERGIA
Analistas dizem que aumento da oferta promovido pelo cartel no domingo foi insuficiente; Arábia Saudita tenta deter alta
Mercado ignora Opep, e petróleo sobe mais
DA REDAÇÃO
Os preços do petróleo subiram
ontem, ignorando a alta de 800
mil barris diários na produção do
óleo, anunciada pela Opep no domingo.
Os principais analistas do setor
acreditam que a elevação da oferta é insuficiente para acalmar a
instabilidade do mercado, que
acompanha sucessivos aumentos
nos preços do petróleo desde o
início de agosto.
Em Nova York, o barril de petróleo para venda em outubro foi
cotado a US$ 35,14, com alta de
4,5% em relação ao fechamento
de sexta-feira.
No mercado londrino, o barril
de petróleo brent (referência internacional) para venda em outubro encerrou o dia a US$ 33,62,
ante US$ 32,75 na sexta-feira.
Tanto em Londres como em
Nova York, a cotação dos barris
do óleo ficou abaixo dos valores
da última quinta-feira, quando
registraram recorde de aumento.
A instabilidade do mercado é
tanta que qualquer notícia chega a
gerar flutuação de dólares no preço do barril do óleo.
Ontem o barril de petróleo chegou a bater novo recorde durante
o dia em Nova York, mas recuou
diante da declaração de um representante da Arábia Saudita, o
maior exportador da Opep, de
que iria intervir para deter a escalada de preços. "Não podemos
continuar assim", disse ele.
Oferta maior
Um representante do Irã disse
ontem que a Opep deve aprovar
um novo aumento da produção
mundial antes da próxima reunião dos países do cartel, marcada
para novembro.
A Opep tem um acordo informal entre seus países, o qual permite que a organização eleve a
produção do óleo sempre que a
média dos preços de uma cesta de
petróleo passar de US$ 28 durante
20 dias seguidos.
Ontem a Agência Internacional
de Energia, da União Européia,
divulgou um relatório no qual
afirma que, se os preços do óleo
continuarem nesses níveis, a demanda será menor do que a esperada durante o inverno europeu.
Lei de mercado
A alta de 800 mil barris diários
teve como objetivo conter o preço
do combustível, que tem batido
recordes sucessivos e flutua no nível mais alto dos últimos dez
anos.
A decisão, que passa a vigorar a
partir de outubro, foi tomada em
Viena após encontro informal de
quatro horas entre os países-membros da Opep.
Uma reunião extraordinária para reavaliar as condições do mercado foi marcada para 12 de novembro.
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