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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2003

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DE VOLTA ÀS ORIGENS

Partido pede "transformações radicais"

Cartilha do PT condena acordo com o Fundo

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em cartilha distribuída ontem à liderança jovem petista, o PT "reencontrou" algumas de suas antigas bandeiras: condenou o acordo com o FMI, pregou "transformações radicais" na política econômica e disse não às negociações para a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Intitulada "O PT faz história", a cartilha, reeditada em julho deste ano, foi apresentada pelo partido como uma forma de contribuir para a formação política dos novos militantes.
O caderno aborda temas que têm sido espinhosos para o governo do presidente Lula, acusado por tucanos e até por petistas de seguir a cartilha econômica de FHC.
Sobre o FMI, diz: "O Brasil necessita denunciar o acordo vigente com o FMI e reorientar a política econômica em direção à retomada do crescimento e da defesa comercial do país".
O texto, retirado do Programa da Revolução Democrática aprovado pelo PT em novembro de 1999, é ilustrado por um desenho atual do cartunista Vicente Mendonça: um gato arrepiado de medo diante de uma mala preta com as letras "FMI".
Palavras que haviam sido abolidas na campanha eleitoral de Lula, como "ruptura", "radical" e "capitalismo predatório" são comuns na cartilha.
"[A mudança na economia] exige uma radical inversão de prioridades e provoca enfrentamentos com os interesses do capital financeiro nacional e internacional", informa o texto.
"O PT faz história" foi produzido pela Executiva Nacional do partido e pela Fundação Perseu Abramo. A primeira edição foi lançada em dezembro de 2001.


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