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DE VOLTA ÀS ORIGENS
Partido pede "transformações radicais"
Cartilha do PT condena
acordo com o Fundo
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em cartilha distribuída ontem à liderança jovem petista, o
PT "reencontrou" algumas de
suas antigas bandeiras: condenou o acordo com o FMI, pregou "transformações radicais"
na política econômica e disse
não às negociações para a Alca
(Área de Livre Comércio das
Américas).
Intitulada "O PT faz história", a cartilha, reeditada em julho deste ano, foi apresentada
pelo partido como uma forma
de contribuir para a formação
política dos novos militantes.
O caderno aborda temas que
têm sido espinhosos para o governo do presidente Lula, acusado por tucanos e até por petistas de seguir a cartilha econômica de FHC.
Sobre o FMI, diz: "O Brasil
necessita denunciar o acordo
vigente com o FMI e reorientar
a política econômica em direção à retomada do crescimento
e da defesa comercial do país".
O texto, retirado do Programa da Revolução Democrática
aprovado pelo PT em novembro de 1999, é ilustrado por um
desenho atual do cartunista Vicente Mendonça: um gato arrepiado de medo diante de uma
mala preta com as letras "FMI".
Palavras que haviam sido
abolidas na campanha eleitoral
de Lula, como "ruptura", "radical" e "capitalismo predatório" são comuns na cartilha.
"[A mudança na economia]
exige uma radical inversão de
prioridades e provoca enfrentamentos com os interesses do
capital financeiro nacional e internacional", informa o texto.
"O PT faz história" foi produzido pela Executiva Nacional
do partido e pela Fundação
Perseu Abramo. A primeira
edição foi lançada em dezembro de 2001.
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