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Se preço do óleo não recuar, Petrobras pode rever valores cobrados no Brasil
DA REUTERS
A Petrobras espera que os
preços do petróleo recuem com
o fim da temporada de férias
nos Estados Unidos, mas informou que, se o patamar atual ao
redor dos US$ 77 por barril resistir por mais tempo, os preços
dos combustíveis no Brasil poderão ser reavaliados.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que o aumento recente da
cotação do produto é cíclico e
que o normal seria um recuo.
"O preço subiu por causa do
"driving season". Passado isso,
tende a arrefecer", disse Barbassa a jornalistas, durante
evento no Rio, referindo-se às
férias nos EUA, quando o aumento das viagens eleva a demanda por combustíveis.
"Se não arrefecer, se continuar a crescer, pode vir a mudar o cenário", acrescentou.
Ontem, o barril do petróleo
em Nova York bateu novo recorde, cotado a US$ 78,23 no
vencimento de outubro. A alta
ocorreu devido à expectativa de
que o governo dos EUA anuncie uma queda nos estoques de
petróleo e gasolina no país hoje.
"Se as condições do cenário
mostrarem que houve mudança definitiva do nível de preço,
acho que é o momento de reajustar", afirmou o diretor.
Barbassa disse, no entanto,
que a estatal ainda não tem informações que confirmem um
novo patamar de preços para o
petróleo e não descartou pressões na direção contrária, para
uma queda nos valores da matéria-prima, caso os problemas
nos mercados financeiros afetem a economia e reduzam o
ritmo de crescimento global.
"Estamos no meio do vendaval, não podemos dizer para onde vai essa situação", afirmou.
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