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ÁGUIA EM TRANSE
Números indicam que norte-americanos podem ter fechado o bolso por causa das incertezas econômicas
Vendas do varejo e confiança caem nos EUA
DA REDAÇÃO
As vendas do varejo norte-americano caíram em setembro, enquanto o índice de confiança do
consumidor da Universidade de
Michigan recuou para o seu menor nível em nove anos. Os indicadores levantaram dúvidas sobre a manutenção do nível de
consumo, a grande locomotiva da
maior economia do planeta.
De acordo com o Departamento do Comércio dos EUA, as vendas do varejo retrocederam 1,2%
no mês retrasado, a maior queda
em dez meses. Em agosto, os varejistas haviam vendido 0,6% mais.
Já a prévia do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan mostra que o indicador recuou de 86,1 pontos para 80,4 pontos neste mês, a leitura
mais baixa em nove anos. Os números consolidados serão divulgados no final do mês.
Ainda assim, as principais Bolsas mundiais tiveram um dia de
forte alta, devido a bons resultados de grandes empresas como a
General Electric e a IBM.
O consumo, que responde por
dois terços de toda a atividade
econômica dos EUA, vinha se
mantendo relativamente elevado
mesmo com a recessão do ano
passado e com o aumento do desemprego. A retração de setembro teria ocorrido por causa da
acentuada queda das Bolsas naquele mês, além do temor de um
ataque ao Iraque, o que fez o norte-americano fechar o Bolso.
Aperto no orçamento
"Para mim, os consumidores se
mantiveram reservados e com a
mão fechada por causa das incertezas que estão atormentando a
economia norte-americana e os
mercados financeiros", afirmou
Richard Yamarone, economista
da consultoria Argus Research.
Também em setembro, o índice
de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou uma alta
modesta de 0,1%, de acordo com
relatório do Departamento do
Trabalho. A inflação sob controle
permite que o Federal Reserve
(banco central norte-americano)
não eleve as taxas de juros.
Boa parte da queda nas vendas
do varejo se deve a um recuo de
4,8% no comércio de carros. A
venda de autos se mantinha elevada por causa de negócios a juro
zero, mas as promoções já não estão perdendo o fôlego. Excluindo-se veículos, o varejo vendeu
0,1% mais no mês.
"Pelo menos, os dados não estão piorando", disse Joseph Battipaglia, da corretora Ryan, Beck &
Co., ao comentar que o aumento
das vendas, sem contar carros,
não deixa de ser favorável. "Apesar das incertezas, os consumidores continuam a fazer sua parte."
Com agências internacionais
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