São Paulo, sexta-feira, 12 de outubro de 2007

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Após atingir R$ 1,785, dólar fecha em alta

Banco Central volta a intervir no mercado, e moeda avança 0,17%; Bolsa chega a subir 1,54%, mas encerra em queda de 1,17%

Nos EUA, Bolsa também recua, após iniciar dia com valorização; investidores aguardam discurso de Ben Bernanke hoje

Eduardo Knapp - 2.out.07/Folha Imagem
Operadores durante pregão na Bolsa de Mercadorias & Futuros


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana em que o Banco Central retomou suas intervenções no mercado de câmbio, o dólar encerrou vendido a R$ 1,807, em alta de 0,17%. Ontem, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 1,785, seu mais baixo valor em mais de sete anos.
Em todos os pregões da semana, o BC atuou por meio da realização de leilões para adquirir moeda dos bancos. Segundo operadores do mercado, o BC retirou menos de US$ 100 milhões por dia.
Enquanto as Bolsas operavam ontem em alta, o dólar se manteve em queda. Se o mercado não tivesse piorado, o dólar poderia ter encerrado o dia abaixo de R$ 1,80, mesmo com a intervenção da autoridade monetária. Mas, no período da tarde, o mercado perdeu forças.
A Bovespa, que atingiu alta de 1,54% (aos 64.168 pontos) no melhor momento do dia, virou e terminou o pregão com baixa de 1,17%. O fato de hoje o mercado estar fechado devido ao feriado motivou investidores a se desfazerem de ações e embolsar ganhos.
O mesmo movimento foi presenciado nos Estados Unidos. Depois de o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, chegar a subir 0,85%, perdeu ritmo e acabou por encerrar em baixa de 0,45%. Os papéis de tecnologia estiveram entre os destaques negativos e levaram a Bolsa eletrônica Nasdaq a perder 1,40% ontem. Empresas como Apple (-2,7%) e Intel (-1,7%) terminaram em baixa.
Hoje, o dia poderá ser agitado no exterior. Nos Estados Unidos, vai ser apresentado o resultado do PPI (índice de preços ao produtor) de setembro. Também está programado um discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (banco central dos EUA), em Dallas.
A semana mais curta foi menos intensa para a Bovespa. A alta acumulada pela Bolsa no período foi de apenas 0,22%, com 35 das 63 ações que entram na formação do Ibovespa encerrando em baixa.
A ação ON (ordinária) da CCR Rodovias, que não adquiriu nenhum dos trechos de rodovias no leilão realizado na terça-feira, liderou as perdas na semana, com recuo de 15,55%.
A ação da OHL Brasil, que obteve seis dos sete lotes leiloados, caiu 10,32% no período.


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