São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Bolsa escapa de perdas e fecha dia com alta de 1,32%

Ações caíram na Europa e nos EUA; dólar sobe a R$ 2,225

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o resultado não foi muito animador, ao menos a Bovespa conseguiu se desvencilhar do mercado externo ontem e encerrou com alta de 1,32%, em 37.261 pontos. No ano, a baixa segue elevada: 41,67%. O dólar subiu 1,51%, para R$ 2,225.
Na Europa, os pregões foram bem negativos. Papéis de empresas petrolíferas e do setor bancário trouxeram perdas elevadas. O índice FTSEurofirst, que reúne ações das maiores empresas européias, se desvalorizou em 4,01%. A Bolsa de Frankfurt caiu 5,25%, e a de Londres, 3,57%.
Os pregões nos EUA também encerraram no vermelho. O índice Dow Jones terminou com queda de 1,99%. A Nasdaq recuou 2,22%. As medidas anunciadas pelo governo dos EUA para facilitar a renegociação de financiamentos hipotecários não conseguiram animar o mercado, que agora espera um pacote de socorro para o setor automotivo norte-americano.
O recuo do petróleo para a faixa dos US$ 59 em Nova York afetou o desempenho dos papéis do setor petrolífero. Em Londres, a ação da Shell perdeu 4,4%, e o papel da BP caiu 3,9%. Em Nova York, a ação da ExxonMobil recuou 2,1%.
Os papéis da Petrobras não se isolaram de seus pares e terminaram com baixas de 1,84% (ON) e 0,16% (PN). Após o fechamento do mercado, ela divulgou que ganhou R$ 10,85 bilhões no terceiro trimestre.
O pacote de estímulo anunciado pela China no fim de semana, que chegou a animar os investidores na abertura dos pregões anteontem, não voltou a influenciar os mercados. Na Ásia, ontem o dia também foi de perdas: a Bolsa de Tóquio encerrou com baixa de 3%. Na China, houve queda de 1,66%.
A Bovespa conseguiu fechar em alta impulsionada por ações de siderúrgicas e mineradoras. Quem mais se destacou no segmento foi a Gerdau, cuja ação PN subiu 6,29%. O papel ON da CSN se apreciou em 3,53%. A Vale PNA subiu 1,22%.

Câmbio e juros
A nova apreciação de ontem levou o dólar a passar a acumular alta de 25,2% no ano. Os R$ 2,225 representaram a maior cotação desde o dia 27.
Com o câmbio mostrando dificuldade para descer a níveis menores e o desanimador resultado do IPCA de outubro, que ficou em 0,45%, o mercado vê cada vez mais distante a retomada dos cortes na taxa básica de juros brasileira.


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