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Sob reflexo dos EUA, Bolsa de SP avança 0,2%
Indícios de manutenção dos juros impulsionam Nova York
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa não sofreu as consequências do apagão que afetou boa parte do país na noite
de anteontem. Atenta ao ritmo
positivo das ações no exterior,
encontrou disposição para fechar em alta, de 0,19%. A 66.431
pontos, a Bolsa tem se reaproximado de seu pico no ano, que
foram os 67.239 pontos registrados em 19 de outubro.
Já o índice Dow Jones subiu
0,43% e alcançou os 10.291
pontos, nova máxima em 2009.
A Nasdaq ganhou 0,74%.
Apesar do feriado do Dia dos
Veteranos, as Bolsas de Valores
funcionaram nos EUA e reagiram positivamente a declarações de dirigentes regionais do
Fed (Federal Reserve, o banco
central norte-americano).
Os representantes do BC dos
EUA afirmaram que a recuperação da economia vai ser lenta,
o que foi interpretado como um
sinal de que as taxas de juros do
país vão permanecer em níveis
baixíssimos ainda por algum
tempo. Para as Bolsas, quanto
menores os juros, melhor.
A Europa também teve pregões positivos. Dados do mercado de trabalho britânico estiveram entre os fatores que ajudaram no humor do dia.
O número de pedidos de auxílio-desemprego feitos pelos
britânicos no mês passado
cresceu no menor ritmo em 18
meses. No mercado acionário
londrino, o dia foi de valorização de 0,69%. Em Frankfurt, a
Bolsa ganhou 0,98%.
Na esteira do mercado de
câmbio internacional, o dólar
subiu diante do real e encerrou
as operações cotado a R$ 1,722,
em alta de 0,29%.
O dólar chegou a bater R$
1,70 na mínima do dia, mas
mostrou resistência para seguir em baixa quando atingiu
esse nível. No exterior, o euro
tem encontrado dificuldades
para se manter acima de
US$ 1,50 -ontem fechou praticamente estável, a US$ 1,476.
O mercado conta com a possibilidade de o governo anunciar novas medidas cambiais,
pois a cobrança de IOF do capital externo não fortaleceu a cotação da moeda estrangeira, como era esperado. No mês, o dólar tem baixa de 1,99%.
Entre as ações mais negociadas ontem, ficou a ON da
BM&FBovespa. Desde o anúncio da taxação do capital externo, passou-se a prever perda no
volume negociado nos pregões,
o que teria impacto direto nas
receitas da BM&FBovespa.
Com quase 5% do total movimento ontem, sendo a quarta
ação mais procurada do pregão,
BM&FBovespa ON encerrou
com alta de 1,84%. A empresa
apresentou lucro de R$ 245,8
milhões no terceiro trimestre,
avanço de 4,3% em relação ao
mesmo período de 2008.
A Link Investimentos prevê
que, no quarto trimestre, "os
volumes negociados serão impactados pelo início da cobrança de 2% de IOF na entrada de
capital estrangeiro".
Apesar do apagão, os papéis
das elétricas não tiveram oscilações muito intensas na Bolsa
ontem. As ações PN da CPFL
subiram 0,89%; Transmissão
Paulista PN recuou 0,39%; e
Eletrobrás ON caiu 0,28%.
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