São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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Sob reflexo dos EUA, Bolsa de SP avança 0,2%

Indícios de manutenção dos juros impulsionam Nova York

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa não sofreu as consequências do apagão que afetou boa parte do país na noite de anteontem. Atenta ao ritmo positivo das ações no exterior, encontrou disposição para fechar em alta, de 0,19%. A 66.431 pontos, a Bolsa tem se reaproximado de seu pico no ano, que foram os 67.239 pontos registrados em 19 de outubro.
Já o índice Dow Jones subiu 0,43% e alcançou os 10.291 pontos, nova máxima em 2009. A Nasdaq ganhou 0,74%.
Apesar do feriado do Dia dos Veteranos, as Bolsas de Valores funcionaram nos EUA e reagiram positivamente a declarações de dirigentes regionais do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).
Os representantes do BC dos EUA afirmaram que a recuperação da economia vai ser lenta, o que foi interpretado como um sinal de que as taxas de juros do país vão permanecer em níveis baixíssimos ainda por algum tempo. Para as Bolsas, quanto menores os juros, melhor.
A Europa também teve pregões positivos. Dados do mercado de trabalho britânico estiveram entre os fatores que ajudaram no humor do dia.
O número de pedidos de auxílio-desemprego feitos pelos britânicos no mês passado cresceu no menor ritmo em 18 meses. No mercado acionário londrino, o dia foi de valorização de 0,69%. Em Frankfurt, a Bolsa ganhou 0,98%.
Na esteira do mercado de câmbio internacional, o dólar subiu diante do real e encerrou as operações cotado a R$ 1,722, em alta de 0,29%.
O dólar chegou a bater R$ 1,70 na mínima do dia, mas mostrou resistência para seguir em baixa quando atingiu esse nível. No exterior, o euro tem encontrado dificuldades para se manter acima de US$ 1,50 -ontem fechou praticamente estável, a US$ 1,476.
O mercado conta com a possibilidade de o governo anunciar novas medidas cambiais, pois a cobrança de IOF do capital externo não fortaleceu a cotação da moeda estrangeira, como era esperado. No mês, o dólar tem baixa de 1,99%.
Entre as ações mais negociadas ontem, ficou a ON da BM&FBovespa. Desde o anúncio da taxação do capital externo, passou-se a prever perda no volume negociado nos pregões, o que teria impacto direto nas receitas da BM&FBovespa.
Com quase 5% do total movimento ontem, sendo a quarta ação mais procurada do pregão, BM&FBovespa ON encerrou com alta de 1,84%. A empresa apresentou lucro de R$ 245,8 milhões no terceiro trimestre, avanço de 4,3% em relação ao mesmo período de 2008.
A Link Investimentos prevê que, no quarto trimestre, "os volumes negociados serão impactados pelo início da cobrança de 2% de IOF na entrada de capital estrangeiro".
Apesar do apagão, os papéis das elétricas não tiveram oscilações muito intensas na Bolsa ontem. As ações PN da CPFL subiram 0,89%; Transmissão Paulista PN recuou 0,39%; e Eletrobrás ON caiu 0,28%.


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