São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 2000

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AMÉRICA

Ministros do Brasil reagem a funcionário dos EUA que chamou país de "infantil" e reafirmam intenção de fortalecer Mercosul

Brasil ataca EUA; Argentina quer Alca antes

DA REDAÇÃO

A dois dias do início da Cúpula do Mercosul, Brasil e Argentina pareciam mais distantes do que de hábito em relação ao futuro do bloco comercial sul-americano e a um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
Ontem, três ministros e o embaixador brasileiro no Mercosul responderam com dureza a um representante comercial do governo dos EUA que acusou o país de "infantil" por resistir à integração das economias da América, lideradas pela norte-americana, no bloco da Alca.
Os brasileiros respondiam à crítica de Robert Fisher, sub-representante comercial dos EUA, publicadas no jornal argentino "La Nación". O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse que a Alca é assunto para depois de 2005 e que a prioridade brasileira é o Mercosul.
Não parece ser a opinião dos argentinos. Segundo o ministro da Economia, José Luis Machinea, a delegação de seu país vai a Florianópolis, sede da Cúpula do Mercosul, com a proposta de integração à Alca antes de 2005 -precisamente em 2004.
Pelo calendário até agora acertado, os acordos de redução progressiva de tarifas comerciais começariam a ser discutidos a partir de 2005. Levaria então muitos anos para que 34 países fizessem parte de uma verdadeira Área de Livre Comércio das Américas.


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