São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 2002

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RAIO-X FINANCEIRO

Participação recorde foi de 33,36% do Produto Interno Bruto

Impostos têm em 2001 o maior peso no PIB desde 47

DA SUCURSAL DO RIO

O peso da arrecadação de impostos em todas as esferas de governo atingiu 33,36% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2001. Foi a maior taxa desde 1947, quando se começou a pesquisar esse tipo de estatística no Brasil, segundo o IBGE .
O crescimento foi necessário, informou o IBGE, para compensar o aumento do endividamento público, que subiu por causa dos juros maiores e da alta do dólar.
Em 1997, a participação dos impostos no PIB era de 28,58% e cresceu gradativamente até 2001.
Com uma necessidade de financiamento de R$ 44,25 bilhões em 2001, segundo o IBGE, o governo foi obrigado a elevar a carga tributária como forma de compensar o aumento dos juros e do dólar -ambos fazem crescer a dívida pública.
Em valores, o aumento da arrecadação ficou em R$ 54,55 bilhões em 2001. Foi patrocinado principalmente pela elevação de contribuições previdenciárias e de alguns impostos (CPMF e PIS/Cofins), segundo o IBGE.
Também ajudou a aumentar a carga tributária a migração de investidores da poupança -que é isenta- para aplicações mais rentáveis, como os fundos DI, por exemplo. Exceto a poupança, todos os outros investimentos pagam Imposto de Renda.
No Estados, a arrecadação de ICMS subiu por causa da expansão dos setores de combustíveis -cujos preços aumentaram devido à alta do petróleo- e de comunicações.
Na esfera federal, houve, em 2001, um crescimento do pagamento de juros da dívida pública. Passou de R$ 71,23 bilhões em 2000 para R$ 79,34 bilhões em 2001.

Consumo e investimento
A taxa de investimento na economia -ou seja, seu peso no PIB- cresceu 32,4% de 1994 a 2001.
No mesmo período, o consumo final teve uma expansão de 25,3%. Trata-se de um crescimento muito próximo ao do PIB acumulado de 1994 a 2001: 24,9%. Na média anual, o produto se expandiu em 2,8%.


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