São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 2006

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Produção industrial sobe em 6 de 14 regiões

Pesquisa do IBGE mostra que SP avançou 1,5% em outubro; Goiás apresentou a maior expansão: 5,1%

CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A produção industrial mostrou crescimento em apenas 6 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mês de outubro na série com ajuste sazonal em relação a setembro.
São Paulo, que concentra 40% da indústria de transformação e tem maior peso na estrutura industrial do país, apresentou avanço de 1,5% após recuar 1,7% e "puxar" a retração da indústria no mês anterior.
Goiás apresentou a maior expansão percentual, com alta de 5,1%, seguido por Paraná (2,3%) e Rio de Janeiro (1,7%).
Pernambuco e a região Nordeste também apontaram aumento na produção, mas ficaram abaixo da média nacional de 0,8%. Por outro lado, Santa Catarina, Minas, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Sul e Amazonas tiveram queda de setembro para outubro. A indústria amazonense amargou o maior recuo: 4,6%.
No confronto entre outubro e o mesmo mês do ano passado, a produção industrial foi positiva em quase todos os locais. A exceção coube ao Amazonas, que apresentou decréscimo de 8,1% em sua produção industrial. A ampla expansão, que atinge 13 dos 14 locais, não era observada desde maio de 2005.
Ceará e Pernambuco encabeçam as maiores altas, com avanços de 12,4% e 11,2%, respectivamente. Pará (9,7%), Espírito Santo (9,1%), região Nordeste (6,0%), São Paulo (5,9%) e Goiás (5,6%) também registraram acréscimo na produção.
As demais evoluções positivas ficaram com Minas (3,5%), Paraná (2,8%), Bahia (2,3%), Santa Catarina (1,6%), Rio Grande do Sul (1,5%) e Rio de Janeiro (0,9%).
Segundo o IBGE, a expansão captada em SP na comparação com o mesmo mês do ano passado atingiu 17 dos 20 ramos pesquisados. As maiores contribuições vieram de máquinas e equipamentos, veículos automotores e edição e impressão. Em sentido contrário, refino de petróleo e produção de álcool, outros equipamentos de transporte e alimentos exerceram as três pressões negativas.
A indústria do Amazonas apresentou recuo graças aos decréscimos na fabricação de telefones celulares e de rádios que foram os principais destaques no segmento de material eletrônico e equipamentos de comunicação
Segundo o instituto, a produção industrial avança de forma "discreta, mas permanente" ao longo de 2006. Os locais que registraram as maiores expansões no ano foram influenciados pela manutenção do dinamismo dos produtos tipicamente de exportação, particularmente as commodities (minérios de ferro, açúcar, celulose e produtos siderúrgicos), além de outros com forte presença da fabricação de automóveis e de computadores.
No acumulado no ano, as taxas positivas alcançaram: Pará, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Minas, Bahia, SP e região Nordeste. Em sentido contrário, acumulando perdas na produção, figuraram Paraná, Amazonas e Rio Grande do Sul.


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