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Produção industrial sobe em 6 de 14 regiões
Pesquisa do IBGE mostra que SP avançou 1,5% em outubro; Goiás apresentou a maior expansão: 5,1%
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A produção industrial mostrou crescimento em apenas 6
das 14 regiões pesquisadas pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) no mês
de outubro na série com ajuste
sazonal em relação a setembro.
São Paulo, que concentra
40% da indústria de transformação e tem maior peso na estrutura industrial do país, apresentou avanço de 1,5% após recuar 1,7% e "puxar" a retração
da indústria no mês anterior.
Goiás apresentou a maior expansão percentual, com alta de
5,1%, seguido por Paraná
(2,3%) e Rio de Janeiro (1,7%).
Pernambuco e a região Nordeste também apontaram aumento na produção, mas ficaram abaixo da média nacional
de 0,8%. Por outro lado, Santa
Catarina, Minas, Ceará, Bahia,
Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Sul e Amazonas tiveram
queda de setembro para outubro. A indústria amazonense
amargou o maior recuo: 4,6%.
No confronto entre outubro
e o mesmo mês do ano passado,
a produção industrial foi positiva em quase todos os locais. A
exceção coube ao Amazonas,
que apresentou decréscimo de
8,1% em sua produção industrial. A ampla expansão, que
atinge 13 dos 14 locais, não era
observada desde maio de 2005.
Ceará e Pernambuco encabeçam as maiores altas, com
avanços de 12,4% e 11,2%, respectivamente. Pará (9,7%), Espírito Santo (9,1%), região Nordeste (6,0%), São Paulo (5,9%)
e Goiás (5,6%) também registraram acréscimo na produção.
As demais evoluções positivas ficaram com Minas (3,5%),
Paraná (2,8%), Bahia (2,3%),
Santa Catarina (1,6%), Rio
Grande do Sul (1,5%) e Rio de
Janeiro (0,9%).
Segundo o IBGE, a expansão
captada em SP na comparação
com o mesmo mês do ano passado atingiu 17 dos 20 ramos
pesquisados. As maiores contribuições vieram de máquinas
e equipamentos, veículos automotores e edição e impressão.
Em sentido contrário, refino de
petróleo e produção de álcool,
outros equipamentos de transporte e alimentos exerceram as
três pressões negativas.
A indústria do Amazonas
apresentou recuo graças aos
decréscimos na fabricação de
telefones celulares e de rádios
que foram os principais destaques no segmento de material
eletrônico e equipamentos de
comunicação
Segundo o instituto, a produção industrial avança de forma
"discreta, mas permanente" ao
longo de 2006. Os locais que registraram as maiores expansões no ano foram influenciados pela manutenção do dinamismo dos produtos tipicamente de exportação, particularmente as commodities (minérios de ferro, açúcar, celulose
e produtos siderúrgicos), além
de outros com forte presença
da fabricação de automóveis e
de computadores.
No acumulado no ano, as taxas positivas alcançaram: Pará,
Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Minas, Bahia, SP e região
Nordeste. Em sentido contrário, acumulando perdas na produção, figuraram Paraná, Amazonas e Rio Grande do Sul.
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