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NOVO MERCADO
Grupo de 32 produtores lidera o projeto
Santa Catarina investe em pólo para desenvolver caprinocultura
DA REDAÇÃO
Produtores de Monte Carlo,
tradicional produtora de madeira
no meio-oeste catarinense, querem diversificar a produção da região e vão desenvolver um pólo de
produção de cabras. Um grupo de
32 produtores deve investir nessa
atividade para diminuir o êxodo
rural, gerar mais renda para as pequenas propriedades e elevar a
oferta de emprego.
O empresário José Carlos Pisani, um dos pioneiros nessa atividade, diz que o número de produtores deve crescer, mas que, por
ora, o grupo está acertando custos
de investimentos. Na avaliação
dele, os produtores devem reservar a parte da propriedade com
pouca utilidade para a produção
agrícola ao plantio de árvores.
Nas demais áreas, pode incrementar a produção agrícola e a
caprinocultura. Nos cálculos de
Pisani, os investimentos iniciais
dos produtores devem somar R$
50 mil com a montagem da infra-estrutura e compra de animais.
Os produtores estão buscando financiamentos com taxas de juro
reduzidas para essa produção.
Pisani já possui 500 animais e
vai montar o rebanho para 1.500
animais. A maioria dos produtores da região formará um rebanho próximo de 500 cabeças, diz.
Quanto mais valor for agregado
ao negócio, maiores os rendimentos, diz Pisani. Os investimentos
iniciais visam a produção de leite
de cabra e queijo. Após a implantação do rebanho, os produtores
querem construir um abatedouro, um frigorífico e destinar parte
dessa carne para o exterior.
Os produtores querem, ainda,
tornar a região referência para o
preparo e consumo da carne caprina. Dos dias 23 a 25 deste mês,
Monte Carlo realiza a Festa do Cabrito. Joselito Barbosa, da Accoba
(Associação do Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia), Estado
com rebanho de 4 milhões de animais, e líder na produção nacional, diz que a produção de cabras
no Nordeste passa a ser rentável a
partir de 300 animais.
Barbosa diz que a caprinocultura ocupa um papel importante na
manutenção das famílias. Os ganhos são maiores para os produtores dedicados à criação de cabras leiteiras, já que o litro do produto está a R$ 2, afirma ele.
Segundo Barbosa, a produção
de carne de cabrito tem espaço
para crescer. Toda a produção é
consumida internamente, mas os
brasileiros consomem apenas 0,5
quilo de cabrito por ano, contra
34 quilos na Austrália.
Apesar do interesse de alguns
países na importação da carne
brasileira, o Brasil ainda não dispõe de estoque para vendas internacionais.
(MAURO ZAFALON)
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