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Arrocho de 5%
não será surpresa,
afirma Bernardo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que não espera nenhuma surpresa no resultado fiscal de 2005 e que, apesar de ele superar a meta prevista, isso não causará mais
problemas dentro do governo porque a área econômica
fez todos os empenhos necessários no final do ano.
"Vocês já deram um monte de notícias. Qualquer número que fique entre 4,5% e
5% do PIB [Produto Interno
Bruto] não vai surpreender
ninguém. Mas eu não sei
quanto [será]", disse Bernardo aos jornalistas, em referência a notícias publicadas que apontam que a economia gerada no ano passado para pagar juros da dívida pública -o chamado superávit primário- teria ficado perto de 5% do PIB.
Esse valor é bem superior à
meta de 4,25% do governo.
O fato de o superávit estar
acima do programado foi
motivo de atrito entre a área
econômica e a ministra da
Casa Civil, Dilma Rousseff.
Por determinação do presidente Lula, as despesas foram aceleradas no últimos
meses do ano, mas o tempo
não foi suficiente para reduzir de forma significativa o
superávit já elevado.
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