São Paulo, domingo, 13 de janeiro de 2008

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Irmãos deixam empresa do pai para tocar o próprio negócio na área de moda

"Tenho um apartamento, mas ainda moro com meu pai. Estou com uma calça de R$ 30"

DA REPORTAGEM LOCAL

Há seis anos, os irmãos Fábio, 31, formado em administração de empresas, e Fernando Cunha, 35, engenheiro civil, deixaram a empresa do pai, especializada em sinalização de rodovias, para tocar o próprio negócio.
Com capital de R$ 20 mil, os irmãos Cunha criaram a Clube de Estilo, especializada em aproximar novos estilistas de lojistas.
Hoje, os irmãos dizem que não vendem a empresa por menos de R$ 2 milhões.
"Começamos em uma feira de calçados em São Paulo para lançar duas marcas de sapatos. Foi um sucesso. Desde então, não paramos mais de crescer", diz Fábio.
A Clube de Estilo funcionava na casa de Fábio e Fernando. A demanda de estilistas e lojistas acabou levando a dupla a mudar a empresa para um imóvel alugado na rua João Cachoeira.
O local também ficou pequeno para atender os clientes. Desde junho de 2006, a empresa está sediada em uma bela casa de 500 metros quadrados, considerada patrimônio histórico, nos Jardins, em São Paulo.
A empresa dos irmãos Cunha é responsável por negócios de R$ 4 milhões por ano, segundo Fábio. Um percentual sobre esse dinheiro fica com a Clube de Estilo. Fábio prefere não falar em faturamento da empresa nem em dinheiro em conta bancária. "Todo o dinheiro que entra é reinvestido na empresa."
"Os estilistas contratam a empresa para expor as peças no nosso espaço e nós convidamos os lojistas para conhecer as coleções. Temos showroom, oferecemos consultoria de moda e ajudamos na realização dos negócios das empresas", diz Fábio.
A Clube de Estilo, além de participar do calendário tradicional de moda, promove eventos paralelos na sua sede para lojistas e estilistas de todo o país.
"Para atender a demanda, abrimos também um outro serviço, o de assessoria de imprensa focada em moda. Temos dois tipos de cliente: os que me contratam para vender os produtos deles e também os lojistas, que compram dos meus clientes."
Fábio diz que não mudou o estilo de vida com o sucesso profissional e a conta bancária mais robusta. "Tenho um apartamento, mas ainda moro com meu pai. Estou com uma calça de R$ 30. Já meu irmão gosta de roupas de marca, como as do estilista Lorenzo Merlino." (FF e JW)


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