São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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CASO MADOFF

Cotistas decidem futuro de fundo brasileiro que perdeu aplicações

DA REPORTAGEM LOCAL

Os administradores do fundo da Gems Investimentos, que foi fechado para saques na semana passada, convocaram os cotistas para uma assembleia no próximo dia 19. O fundo brasileiro aplicava uma parcela de sua carteira em aplicações do norte-americano Bernard Madoff, suspeito de uma fraude de US$ 50 bilhões que trouxe perdas para investidores em diversas partes do mundo.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tem conduzido um estudo sobre o fundo para averiguar os problemas de liquidez que enfrenta e que teriam levado os administradores a optarem pelo seu fechamento temporário. O cuidado com os direitos dos cotistas também está na mira da CVM.
"Estamos levantando os dados do fundo para verificar a sua situação de liquidez. Além disso, queremos saber se os direitos dos cotistas estão sendo preservados", afirma Carlos Alberto Rebello, superintendente de relações com investidores institucionais da CVM.
Na assembleia, será discutida a reabertura do fundo ou a manutenção do fechamento para resgates, bem como a troca dos gestores.

Prisão e irmã
A Justiça americana decidiu, ontem, que Madoff deve seguir em prisão domiciliar. Na semana passada, promotores pediram a detenção do investidor, depois que ele tentou despachar um pacote com joias e objetos valiosos, no valor de US$ 1 milhão, pelo correio a familiares.
Uma das destinatárias seria Sondra Wiener, 74, irmã do investidor. Mas, segundo publicou o jornal "The New York Post", Sondra é mais uma das vítimas da rede de fraudes que teria sido montada pelo ex-presidente da Nasdaq. Segundo o jornal, ela tenta desesperadamente vender uma casa com piscina e três quartos que possui na Flórida, depois de "perder milhões" em investimentos administrados por seu irmão.
Na Espanha, promotores também investigam as perdas de 3,2 bilhões de correntistas do banco Santander com investimentos nos fundos de Madoff. Antes considerada uma das poucas instituições incólumes à crise, o banco deve rever seu lucro de 10 bilhões em 2008, depois do prejuízo. (FV)


Com agências internacionais


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