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CASO MADOFF
Cotistas decidem futuro de fundo brasileiro que perdeu aplicações
DA REPORTAGEM LOCAL
Os administradores do
fundo da Gems Investimentos, que foi fechado para saques na semana passada,
convocaram os cotistas para
uma assembleia no próximo
dia 19. O fundo brasileiro
aplicava uma parcela de sua
carteira em aplicações do
norte-americano Bernard
Madoff, suspeito de uma
fraude de US$ 50 bilhões que
trouxe perdas para investidores em diversas partes do
mundo.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tem conduzido um estudo sobre o
fundo para averiguar os problemas de liquidez que enfrenta e que teriam levado os
administradores a optarem
pelo seu fechamento temporário. O cuidado com os direitos dos cotistas também
está na mira da CVM.
"Estamos levantando os
dados do fundo para verificar
a sua situação de liquidez.
Além disso, queremos saber
se os direitos dos cotistas estão sendo preservados", afirma Carlos Alberto Rebello,
superintendente de relações
com investidores institucionais da CVM.
Na assembleia, será discutida a reabertura do fundo ou
a manutenção do fechamento para resgates, bem como a
troca dos gestores.
Prisão e irmã
A Justiça americana decidiu, ontem, que Madoff deve
seguir em prisão domiciliar.
Na semana passada, promotores pediram a detenção do
investidor, depois que ele
tentou despachar um pacote
com joias e objetos valiosos,
no valor de US$ 1 milhão, pelo correio a familiares.
Uma das destinatárias seria Sondra Wiener, 74, irmã
do investidor. Mas, segundo
publicou o jornal "The New
York Post", Sondra é mais
uma das vítimas da rede de
fraudes que teria sido montada pelo ex-presidente da
Nasdaq. Segundo o jornal,
ela tenta desesperadamente
vender uma casa com piscina
e três quartos que possui na
Flórida, depois de "perder
milhões" em investimentos
administrados por seu irmão.
Na Espanha, promotores
também investigam as perdas de 3,2 bilhões de correntistas do banco Santander com investimentos nos
fundos de Madoff. Antes
considerada uma das poucas
instituições incólumes à crise, o banco deve rever seu lucro de 10 bilhões em 2008,
depois do prejuízo.
(FV)
Com agências internacionais
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