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foco
Montadoras tentam
se reerguer no Salão de Detroit em meio à crise
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A DETROIT
Num salão automotivo em
que os presidentes das montadoras atraem mais atenção
que os lançamentos, Detroit
indica que a crise da indústria
está longe do fim. Bob Nardelli, presidente da Chrysler,
disse que espera ter liberado,
em março, um empréstimo
de mais US$ 3 bilhões.
A Chrysler já recebeu US$
4 bilhões do governo americano, e a GM conseguiu US$
13,4 bilhões. Elas devem
apresentar um relatório intermediário no dia 17 de fevereiro e um final em 31 de março em resposta ao Congresso.
Ontem, a GM anunciou
parcerias para fabricar as baterias que equiparão o Volt no
fim de 2010 e a construção do
maior laboratório de baterias
dos EUA, com 3.251 m2. Ela
negocia com o Estado de Michigan, onde fica sua sede, a
localização exata.
Porém Rick Wagoner, CEO
da GM, explicou à Folha que
não precisa de um novo empréstimo para sua construção, pois ele já havia sido incluído no "pacote de resgate".
Wagoner interrompeu o
desenvolvimento de produtos como as picapes grandes
para se concentrar na criação
de produtos ecologicamente
corretos, uma das exigências
do empréstimo. "Vamos lutar
contra a percepção errada
que os produtos da GM têm.
Vamos trabalhar duro para
vender carros e pagar o empréstimo de volta." Em dezembro, a GM pediu desculpas por "desapontar" os consumidores por ter produtos
com qualidade e design inferiores aos da concorrência.
Nardelli descartou uma
possível fusão com a GM, mas
afirmou que é muito importante para a empresa alianças
com outras fábricas. Hoje, a
Chrysler produz para marcas
como Volkswagen e Mitsubishi e vende carros feitos pela Nissan -caso do Trazo,
que começa a ser comercializado no Mercosul em agosto.
A montadora já cortou a capacidade de produção em 1,2
milhão de unidades.
Após revelar a nova geração de um dos maiores símbolos da indústria americana,
o Taurus, a Ford reafirmou
que não precisa de dinheiro
público. "Nós só vamos aceitar um empréstimo se o mundo como conhecemos hoje
implodir", afirmou Bill Ford,
bisneto do lendário Henry
Ford.
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
viajou a convite da Anfavea
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