São Paulo, quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Próximo Texto | Índice

Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

IBM lidera ranking de patentes nos EUA

A IBM foi eleita ontem, pelo 17º ano consecutivo, líder global em patentes, de acordo com levantamento realizado pelo instituto americano IFI Patent Intelligence, entidade que concede patenteamento mundial.
Só nos Estados Unidos, a empresa recebeu 4.914 patentes em 2009, seguida pela Samsung com 3.611 e pela Microsoft com 2.906. A HP aparece na décima posição, com 1.273 registros de patentes.
No Brasil, a situação ainda é bem diferente. A operação brasileira da IBM possui apenas 20 patentes. Apesar de baixo, se comparado aos registros americanos, o número está em crescimento, desde que a IBM Brasil lançou, no final de 2007, um programa para estimular seus funcionários a registrarem o capital intelectual desenvolvido, segundo Ricardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil.
O programa, que inclui auxílio aos profissionais da empresa, treinamentos e concursos de inovação, fez com que o número de patentes recebidas pela IBM no Brasil saltasse de apenas três em 2006 para a atual marca de 20.
Com o trabalho, a empresa afirma que procura mostrar aos seus funcionários que o registro proporciona visibilidade à marca e reconhecimento do profissional no mercado.
Não só na IBM, mas nas empresas brasileiras em geral, o que mantém os índices de registros de patentes tão baixos é -além de um alto investimento financeiro e uma grande burocracia- a cultura do brasileiro, que não está acostumado a registrar suas invenções, de acordo com a empresa.
A cultura norte-americana, por outro lado, já tem enraizado esse pensamento.
"A IBM aplica cerca de US$ 6 bilhões em pesquisa e desenvolvimento anualmente. No Brasil, estamos incentivando nossa força de trabalho", afirma Pelegrini.

"No Brasil, estamos incentivando nossa força de trabalho e já temos 20 patentes registradas, número que pretendemos ampliar"
RICARDO PELEGRINI
presidente da IBM Brasil

CRÉDITO NA AULA
A Redecard fechou parceria com a Anhanguera Educacional para oferecer aos alunos opção de pagamento de mensalidades e matrículas por meio de cartão de crédito da bandeira MasterCard. A Anhanguera Educacional, empresa de capital aberto com ações negociadas na Bovespa, possui 54 unidades e 150 mil alunos.

FRANQUEADO
O mercado de franquias e o de fast food seguem aquecidos, com crescimento de 15% e 16%, respectivamente, em 2009. A rede China In Box, que cresceu 16% no ano passado, planeja ampliar em 10% seu número de lojas, hoje em 140. O Seletti, de culinária saudável, também pretende se expandir por meio de franquias neste ano.

NO CAMPO
A Sociedade Nacional de Agricultura, em parceria com a comissão de agricultura da Assembleia Legislativa do Rio, apresentará em abril, ao governo do Estado, uma proposta de incentivo à produção de diversos setores com base em levantamento, que começou a ser feito neste mês, sobre itens como leite e hortifrúti.

AQUECIMENTO
O Grupo Advento, da área de construção, aguarda respostas de clientes para cerca de R$ 6 bilhões em propostas de obras a serem iniciadas neste ano. Os setores de siderurgia, mineração e petroquímica somam 26% das propostas, seguidos de hospitais e farmacêutico (25%), e de shopping centers e prédios comerciais (20%).

NO PISO

Devido ao excesso de chuvas, a energia elétrica está sendo comercializada a curto prazo no valor mínimo, determinado pela Aneel, de R$ 12,80 por MWh, segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Esse valor está bem abaixo dos R$ 502,45 que eram praticados em janeiro de 2008. Com os reservatórios de água cheios e o preço spot no piso, o mercado de curto prazo deverá ser atrativo para os consumidores livres de energia, de acordo com Marcelo Parodi, sócio da comercializadora de energia Compass.

Mais escritórios ficam vazios em Nova York

A crise no setor financeiro, que nos Estados Unidos teve início no fim de 2007, continuou a abater o mercado de imóveis comerciais em Nova York no final do ano passado.
No quarto trimestre, 11,1% dos escritórios em Manhattan estavam desocupados, o que representa aumento de 38% em relação ao mesmo período de 2008. Somada, a área disponível para locação dá o equivalente a pouco mais de 4 quilômetros quadrados -ou 2,5 vezes o tamanho do parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Para Joseph Harbert, da Cushman & Wakefield (consultoria que realizou o estudo), os números, apesar de negativos, sinalizam que o mercado começou a se estabilizar. Ele disse ainda que as maiores empresas de Manhattan estão aproveitando para adiantar a renovação do aluguel e tomar proveito dos preços mais baixos.
Em média, os proprietários pediram US$ 598 pelo aluguel do metro quadrado, retração de 20% ante o quarto trimestre de 2008. No auge, no terceiro trimestre de 2008, o valor do metro quadrado era de US$ 785.


com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e ÁLVARO FAGUNDES


Próximo Texto: Bancos se capitalizam para emprestar mais
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.