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MERCOSUL
Brasil quer que Kirchner mude regra sobre geladeiras
BRUNO LIMA
DE BUENOS AIRES
De mãos atadas diante da
negativa da Argentina de retirar as restrições de importação impostas em dezembro a eletrodomésticos brasileiros, o Brasil pediu ontem
a seu principal sócio no Mercosul que, ao menos, reduza
a uma semana o tempo gasto
na fronteira com burocracia
para a entrada de geladeiras
e fogões, que hoje pode chegar a 60 dias.
A solicitação foi apresentada ontem em Buenos Aires
pelo secretário-executivo do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Ivan Ramalho, na
reunião de monitoramento
do comércio bilateral entre
os países. Não houve resposta, mas a Argentina tende a
manter a restrição.
A idéia é pressionar os fabricantes brasileiros a aceitar a renovação do acordo de
limitação voluntária às exportações desses produtos.
Com o vencimento do acordo, a Argentina impôs a obrigatoriedade da licença não-automática de importação
para o comércio dos eletrodomésticos. A licença, já em
prática no comércio de calçados, aumenta a burocracia da
venda. O Brasil entende que
já deu ao vizinho a contribuição à recuperação de sua indústria e que não há razão
para novos acordos restritivos. Mas a limitação via licenças é direito de cada país,
por decisão unilateral.
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