São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

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MERCOSUL

Brasil quer que Kirchner mude regra sobre geladeiras

BRUNO LIMA
DE BUENOS AIRES

De mãos atadas diante da negativa da Argentina de retirar as restrições de importação impostas em dezembro a eletrodomésticos brasileiros, o Brasil pediu ontem a seu principal sócio no Mercosul que, ao menos, reduza a uma semana o tempo gasto na fronteira com burocracia para a entrada de geladeiras e fogões, que hoje pode chegar a 60 dias.
A solicitação foi apresentada ontem em Buenos Aires pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, na reunião de monitoramento do comércio bilateral entre os países. Não houve resposta, mas a Argentina tende a manter a restrição.
A idéia é pressionar os fabricantes brasileiros a aceitar a renovação do acordo de limitação voluntária às exportações desses produtos. Com o vencimento do acordo, a Argentina impôs a obrigatoriedade da licença não-automática de importação para o comércio dos eletrodomésticos. A licença, já em prática no comércio de calçados, aumenta a burocracia da venda. O Brasil entende que já deu ao vizinho a contribuição à recuperação de sua indústria e que não há razão para novos acordos restritivos. Mas a limitação via licenças é direito de cada país, por decisão unilateral.


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