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Renault tem prejuízo de US$ 1,3 bi no 2º semestre
Nos EUA, GM abre programa para dispensar 62 mil
DA REDAÇÃO
A Renault, a segunda maior
montadora francesa, teve um
prejuízo de € 982 milhões (US$
1,27 bilhão) no segundo semestre de 2008 e disse que o cenário deverá se agravar ainda
mais neste ano.
"A crise que a indústria automobilística está enfrentando é
profunda", afirmou o presidente-executivo da montadora, o
brasileiro Carlos Ghosn. "Ela
corre o risco de ser longa e, sem
dúvida, mudará o cenário do
setor." Segundo ele, que é presidente da associação das montadoras europeias, caso a demanda neste ano continue no
mesmo ritmo atual, as vendas
mundiais cairão para abaixo de
50 milhões de veículos, ante 69
milhões há dois anos.
Ao contrário da rival Peugeot
Citroën, que também recebeu
empréstimo bilionário do governo francês, a Renault afirmou que não pretende ampliar
a demissão de funcionários. Ela
anunciou um programa de demissão voluntária para 6.000
funcionários em setembro de
2008 e pretende fechar outras
3.000 não contratando substitutos para empregados que
deixarem a empresa. Anteontem, a Peugeot anunciou que
pretende que 7.500 dos seus
funcionários optem pelo programa de demissão voluntária,
além do corte de 3.500 divulgado no final de 2008.
A norte-americana GM confirmou ontem que está oferecendo um programa de demissão voluntária para todos os
seus 62 mil funcionários que
pertencem ao sindicato UAW.
Com isso, ela pretende diminuir seus custos, contratando
trabalhadores que recebam
menos garantias e menor salário quando o setor começar a se
expandir novamente.
Segundo um porta-voz da
montadora, 22 mil desses funcionários já têm condições de
se aposentar, o que torna mais
provável que aceitem o acordo.
No começo da semana, a GM,
que negociou no fim de 2008
um empréstimo emergencial
com o governo americano que
exige que ela passe por uma
profunda reformulação, já havia anunciado que pretendia
demitir 10 mil funcionários em
todo o mundo.
Pioneer
A fabricante japonesa de eletrônicos Pioneer anunciou ontem um plano de reestruturação que resultará no corte de 10
mil empregos pelo mundo e no
fechamento das suas unidades
de fabricação de TVs de tela
plana. Procurada, a assessoria
da empresa no Brasil afirmou
que a medida não se estende às
operações no país.
A Pioneer espera registrar
prejuízo recorde de US$ 1,4 bilhão no atual ano fiscal -que se
encerra em 31 de março.
O corte anunciado ontem foi
o mais recente da série de demissões em massa promovidas
por grandes companhias japonesas. As empresas da maior
economia asiática, tradicionais
exportadoras, vêm sendo afetadas pela queda do consumo global e pela alta do iene, que reduz a sua competitividade.
Com agências internacionais
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