São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

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Renault tem prejuízo de US$ 1,3 bi no 2º semestre

Nos EUA, GM abre programa para dispensar 62 mil

DA REDAÇÃO

A Renault, a segunda maior montadora francesa, teve um prejuízo de € 982 milhões (US$ 1,27 bilhão) no segundo semestre de 2008 e disse que o cenário deverá se agravar ainda mais neste ano.
"A crise que a indústria automobilística está enfrentando é profunda", afirmou o presidente-executivo da montadora, o brasileiro Carlos Ghosn. "Ela corre o risco de ser longa e, sem dúvida, mudará o cenário do setor." Segundo ele, que é presidente da associação das montadoras europeias, caso a demanda neste ano continue no mesmo ritmo atual, as vendas mundiais cairão para abaixo de 50 milhões de veículos, ante 69 milhões há dois anos.
Ao contrário da rival Peugeot Citroën, que também recebeu empréstimo bilionário do governo francês, a Renault afirmou que não pretende ampliar a demissão de funcionários. Ela anunciou um programa de demissão voluntária para 6.000 funcionários em setembro de 2008 e pretende fechar outras 3.000 não contratando substitutos para empregados que deixarem a empresa. Anteontem, a Peugeot anunciou que pretende que 7.500 dos seus funcionários optem pelo programa de demissão voluntária, além do corte de 3.500 divulgado no final de 2008.
A norte-americana GM confirmou ontem que está oferecendo um programa de demissão voluntária para todos os seus 62 mil funcionários que pertencem ao sindicato UAW. Com isso, ela pretende diminuir seus custos, contratando trabalhadores que recebam menos garantias e menor salário quando o setor começar a se expandir novamente.
Segundo um porta-voz da montadora, 22 mil desses funcionários já têm condições de se aposentar, o que torna mais provável que aceitem o acordo.
No começo da semana, a GM, que negociou no fim de 2008 um empréstimo emergencial com o governo americano que exige que ela passe por uma profunda reformulação, já havia anunciado que pretendia demitir 10 mil funcionários em todo o mundo.

Pioneer
A fabricante japonesa de eletrônicos Pioneer anunciou ontem um plano de reestruturação que resultará no corte de 10 mil empregos pelo mundo e no fechamento das suas unidades de fabricação de TVs de tela plana. Procurada, a assessoria da empresa no Brasil afirmou que a medida não se estende às operações no país.
A Pioneer espera registrar prejuízo recorde de US$ 1,4 bilhão no atual ano fiscal -que se encerra em 31 de março.
O corte anunciado ontem foi o mais recente da série de demissões em massa promovidas por grandes companhias japonesas. As empresas da maior economia asiática, tradicionais exportadoras, vêm sendo afetadas pela queda do consumo global e pela alta do iene, que reduz a sua competitividade.

Com agências internacionais


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