São Paulo, sexta-feira, 13 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pesquisa mostra que 80% dos empresários veem piora no 1º tri

Consulta da CNI aponta também que 21% pretendem demitir funcionários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostrou que 8 em cada 10 empresas acreditam que sofreram algum impacto da crise internacional em seus negócios. Também 80% das empresas têm a percepção de que a crise piorou no Brasil no primeiro trimestre, se comparado com dezembro.
A consulta mostra também que 21% das empresas industriais ainda pretendem demitir funcionários. Do total de empresas ouvidas, 43% já efetuaram demissões.
A consulta foi feita por e-mail com 431 empresas de grande, médio e pequeno portes em 24 Estados mais o Distrito Federal, entre os dias 4 e 11 deste mês. Com essa pesquisa, a CNI mostrou que o pessimismo entre os industriais se agravou.
"O mundo está pior e o Brasil também está ficando pior. A teoria do descolamento [da economia brasileira em relação à mundial] é frágil", disse o presidente da confederação, deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE).
O pessimismo não se traduziu, porém, em piora dos negócios para todas essas empresas que acreditam na deterioração do cenário econômico. A consulta mostra que 5 entre 10 industriais acreditam que aumentaram os impactos da crise sobre sua empresa.
Monteiro Neto disse que a indústria brasileira terá desempenho negativo no primeiro trimestre, se comparado com igual período de 2008. A maioria dos empresários aposta que a crise só será superada em 2010 (35% das respostas).
Outras duas pesquisas também foram divulgadas ontem. O indicador Sensor, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), mostrou que os empresários estão mais otimistas na primeira quinzena de março. O índice registrou 50,2 pontos nesta quinzena, ante 42,3 pontos na última quinzena de fevereiro.
Elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o "sensor econômico" apontou que houve piora nos principais indicadores e que o setor produtivo ainda vê a crise com apreensão.

Colaboraram a Reportagem Local e a Sucursal do Rio


Texto Anterior: Sistema de "casa grátis" já existe, mas não avança
Próximo Texto: Dívidas: Inadimplência aumenta 8,6% no 1º bimestre
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.