São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2004

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Lucro da Petrobras cai 28,4% no 1º trimestre

DA SUCURSAL DO RIO

A queda dos preços dos combustíveis (gasolina, óleo diesel e gás de cozinha) no mercado interno, a valorização do real e a redução das exportações foram responsáveis por uma redução de 28,4% no lucro líquido da Petrobras no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2003.
O resultado somou R$ 3,972 bilhões, contra R$ 5,545 bilhões no trimestre encerrado em março do ano passado. Em relação ao lucro de R$ 3 bilhões do quarto trimestre do ano passado, o resultado foi aproximadamente 32% maior.
A geração de caixa medida pelo ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 8,609 bilhões, 25% maior que no último trimestre do ano passado.
O efeito da elevação dos preços internacionais do petróleo neste começo de ano, sem o correspondente reajuste dos combustíveis no mercado brasileiro, teve influência pequena nos números divulgados ontem à noite pela Petrobras em comparação aos do mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados, o preço médio do óleo tipo brent (mercado de Londres) no primeiro trimestre de 2003 foi de US$ 31,51 por barril, contra US$ 31,95 por barril na média do primeiro trimestre deste ano.
Já a valorização do real ocorrida após a turbulência do final do governo Fernando Henrique Cardoso e início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (janeiro-2003) teve participação significativa. Em relação ao primeiro trimestre de 2003, o real valorizou 17% no primeiro trimestre de 2004. De um período para o outro, as exportações da estatal caíram 13%.
A margem bruta de lucro da Petrobras caiu de 49% para 44% do faturamento. Os pontos negativos foram em parte compensados por fatores como a redução de gastos com importações e com pagamentos de participações governamentais. O faturamento bruto somou no primeiro trimestre R$ 32,654 bilhões, ficando ligeiramente abaixo dos R$ 33,365 bilhões do primeiro trimestre de 2003. Também o faturamento líquido encolheu (foi de R$ 24,5 bilhões para R$ 23,212 bilhões).


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